Greve de vigilantes altera funcionamento de museus, agências do INSS e bancárias em Salvador

Agências bancárias como a da Caixa Econômica, do bairro da Calçada, em Salvador não abrem nesta terça-feira (10), por conta de uma greve deflagrada por tempo indeterminado pelos vigilantes que atuam no estabelecimento. 

De acordo com a Lei 7.102 fica proibido o funcionamento de qualquer instituição financeira sem a presença de vigilante durante todo o expediente. Os Institutos de Previdência Social da capital baiana também estão funcionando parcialmente. 

Ao BNews, o presidente do Sindicato dos Vigilantes, Almir da Encarnação informou que a categoria está sem aumento salarial há dois anos. "Não temos nenhum órgão dialogando com a gente, apenas os patrões que só oferecem 1,5%, sendo que o acúmulo de dois anos dá 8,4%. Fomos umas reuniões no MPE, mas não tivemos nenhum avanço", lamentou. 

Ainda de acordo com o representante da categoria, não há uma estimativa de quantos estabelecimentos serão afetados, apenas no final do primeiro dia de mobilização será divulgado um balanço. 

Um vigilante trabalhando na cidade de Salvador ganha entre R$ 1.084,82 + 30% de periculosidade (média do piso salarial 2020 de acordos, convenções coletivas e dissídios) e o teto salarial de R$ 1.718,09, sendo que a média salarial fica em R$ 1.165,58 para uma jornada de trabalho de 43 horas semanais. 

Museus 

Os museus administrados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia (IPAC) ficarão fechados por tempo indeterminado, segundo comunicado divulgado hoje (10) pelo órgão. As atividades serão retomadas quando a greve for encerrada.