Salvador
Publicado em 30/10/2017, às 14h28 Shizue Miyazono
O estacionamento sempre foi um problema crônico no Yacht Clube da Bahia, localizado na ladeira da Barra, em Salvador. Para resolver esse assunto, a direção do clube fez um projeto para a construção de um estacionamento próprio, mas por ter tido reações contrárias por parte de associados, foi convocado um referendo.
Ao BNews, a sócia e conselheira Renata Chaves explicou que há menos de um mês houve uma votação e dois conselheiros foram contra o projeto da forma como foi proposto. Segundo Renata, o estacionamento teria três andares e, mesmo com a captação de recurso para a construção, o valor era muito alto. "Era uma obra muito grande, o custo elevado que começa com uma estimativa de custo de R$ 18 milhões e um dos engenheiros da obra bateu diversas vezes que esse valor é estimado, que tem que contar com o imponderado".
Renata afirmou que votou contra o projeto por entender que o assunto merecia uma ampliação do debate, para entender a real necessidade da abra e ouvir os sócios para saber qual o tipo de estacionamento eles queriam.
Como houve uma movimentação dos sócios que queriam convocar uma assembleia geral extraordinária, o Comodoro sugeriu um referendo, que aconteceu durante seis dias, de terça-feira (24) até domingo (29).
O Comodoro do clube, Marcelo sacramento, explicou que todos os sócios, 4170 com direito a voto, foram convocados, mas apenas 1652 associados compareceram, ou seja, apenas 39,61%.
O resultado mostrou que 70% dos associados que participaram do referendo acreditam que a construção do estacionamento não é uma prioridade. Com a decisão, o projeto será arquivado mesmo já tendo sido aprovado em todas as instâncias legais do clube por unanimidade na Diretoria, na Câmara de Obras e no Conselho Fiscal.
Para Marcelo Sacramento, a maioria votou contra a construção da obra e demonstra o receio dos sócios pelo momento econômico que passa o País. Ele contou que mesmo explicando que a construção seria feita com captação de recursos, muitos sócios temiam taxas extras e alguns não queriam pagar o estacionamento, quando começasse a funcionar.
Para Renata, a decisão do referendo não demonstra que a construção do estacionamento não seja uma prioridade para os sócios. Ela explicou que o problema precisa ser resolvido, mas a obra não precisa ser tão grande como o projeto apresentado.
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