Uma confusão entre usuários do Ferry Boat e um funcionário do sistema marcou a saída dos soteropolitanos da capital baiana na manhã deste sábado (18). Apesar do movimento tranquilo nas bilheterias, a reportagem do Bocão News presenciou um tumulto causado pelo orientador da empresa Internacional Marítima.
De acordo com as advogadas Thays Pereira e Kellen Pêpe, o funcionário quis retirá-las da fila de compra dos bilhetes, alegando que elas tinham "furado" a fileira. "Ele me abordou querendo que eu saísse da fila, sendo que esperei como todo mundo", disse Kellen.
Segundo as usuárias, a confusão iniciou por conta de um pedido de troca dos bilhetes. "Compramos as passagens e por conta do engarrafamento, acabamos perdendo o horário. Pedi para trocar e eles informaram que não existe troca. Com isso, fiquei tentando resolver a situação, enquanto minha amiga voltou à fila para comprar outras passagens", explicou Thays. Outros passageiros que aguardavam para compra, confirmaram a versão das advogadas, em meio ao bate-boca entre o funcionário e as passageiras.
Kellen ainda disse que os primeiros bilhetes, os atendentes se negaram a fornecer a nota fiscal, o que é obrigatório, como foi confirmado em outra ocasião pelo superintendente do Procon-BA, Marcos Medrado. "Só me deram um comprovante para embarque e não uma nota fiscal", ressaltou a jovem.
A reportagem do Bocão News procurou o funcionário envolvido na confusão, qeu não quis se pronunciar sobre o assunto.
Passada a confusão, as advogadas efetuaram a nova compra dos bilhetes para travessia, onde passarão o "feriadão" em Salinas, e conseguiram obter a nova fiscal. "Na primeira compra eles não me dera, mas agora, após todo tumulto, eles arranjaram a nota fiscal", afirmou Kellen ao revelar que entrará com uma ação no Procon contra o sistema.
Apesar de tudo ter sido resolvido, as amigas criticam duramente o sistema Ferry Boat, principalmente os atendentes e orientadores. "Isso aqui é uma porcaria. Um pessoal totalmente despreparado para lidar com as pessoas, o que acaba gerando esse tipo de situação", enfatizou Thays.
Movimento
Quem optou por passar o "feriadão" nas ilhas baianas, na manhã deste sábado (18), não enfrenta longa espera, quando comparado em outras datas. Apesar das filas, os veículos aguardam um período de no máximo 1h. Como é o caso de David Lobo, que optou pela Ilha de Itaparica com a esposa e os dois filhos. Usuário do sistema a mais de dez anos, o técnico de manutenção reclamou da demora. "É muito lento. Haja paciência para esperar", disse ao se mostrar precavido. "Vou tentar voltar antes da terça-feira para não pegar esse movimento todo de novo".
Já para os pedestres, as coisas são mais tranquilas e praticamente não existe espera. Com poucas filas na bilheteria, a estudante Adriele Brito aguardou menos de cinco minutos para comprar as passagens. "Hoje está muito rápido, mas geralmente isso aqui é um inferno", enfatizou.
Operação
Deste sábado (18) até a próxima terça-feira (21), o sistema vai operar com oito embarcações, sendo que uma ficará em "stand by", para ser utilizada caso a demanda aumente ou seja necessário substituir o ferry boat nos momentos de manutenção preventiva obrigatória.
De acordo com a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), a estimativa é que mais de 94.530 passageiros e mais de 21.200 veículos circulem entre os dois terminais de São Joaquim e Bom Despacho, considerando o fluxo de ida e retorno do feriado.
Os ferries terão saída nos horários convencionais, de hora em hora, e viagens bate-volta irão ocorrer nos momentos de maior demanda. Os horários fixos são de 5h às 23h30, de segunda a sábado e das 6h às 23h30, no domingo e feriado.
Para o período, mil vagas extras foram disponibilizadas para o serviço hora marcada para clientes em veículos, com compra através do site, onde também é possível verificar os dias e horários ainda disponíveis.
Publicada no dia 18 de abril de 2015, às 11h32
