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Iminência de greve: empresários querem negociar com rodoviários em novembro

Publicado em 26/05/2016, às 10h43   Caroline Gois (Twitter:@bocaonews)


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Uma greve de rodoviários pode acontecer a partir da terça-feira (31), na capitral baiana. Isso porque, as tentativas para se chegar a um acordo estão se esgotando. O sindicato dos rodoviários reivindica 11.33% de aumento no salário e no ticket alimentação, redução da contrapartida dos trabalhadores no ticket de 12% para 10% e unificação dos salários dos profissionais da manutenção, considerando o valor mais alto pago atualmente. 
Os empresários devem apresentar contraproposta na manhã da segunda-feira (30), em duas reuniões agendadas no Ministério Público da Bahia e no MTE. Às 15h, os trabalhadores se reúnem em assembleia no ginásio de esportes do Sindicato dos Bancários, no Centro, quando decidirão pela possibilidade de greve a partir da meia noite de terça (31). 
Em entrevista concedida ao apresentador José Eduardo, na Rádio Metrópole, na manhã desta quarta-feira (25), o diretor de Relações Institucionais do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps), Jorge Castro, afirmou que o objetivo é retormar estas negociações somente em novembro. "Fizemos várias negociações e o que estamos solicitando ao sindicato é a compreensão do momento econômico e político. As empresas passam por dificuldades financeiras. Não é uma recusa de negociação", ressaltou Castro.
Segundo ele, será feito o possível na segunda para se evitar a greve, dia no qual empresários e rodoviários irão fazer uma última tentativa de negociação. "Uma opção é o dissídio coletivo e deixarmos a Justiça decidir. Quem quer a greve é o sindicato", disparou.
De acordo com Jorge Castro, as empresas tiveram um prejuízo de R$ 73 milhões, o que significa 10% do faturamento. Hoje, as três empresas responsáveis pelo transporte público em Salvador - Plataforma, Jaguaripe e Salvador Norte transportam juntas cerca de 26 milhões de passageiros. De acordo com o Setps, a meta era de, no mínimo, 28 milhões. "A crise causou isso e, caso tenhamos que conceder às solicitações do sindicato pode haver demissões", concluiu.
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Publicada originalmente às 10h do dia 25 de maio

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