Saúde

Audiência não resolve impasse entre Bradesco Saúde e médicos

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A audiência de conciliação aconteceu hoje (18) pela manhã na Justiça Federal  |   Bnews - Divulgação reprodução/Sindimed

Publicado em 19/08/2014, às 06h36   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Nada de novo no impasse entre os médicos e o plano Bradesco Saúde. A audiência de conciliação realizada hoje (18) pela manhã na Justiça Federal, entre o plano em questão e o Sindimed, mediada pela juíza Lita Braid, não foi suficiente para finalizar as negociações de reajuste digno dos honorários exigido pelos médicos credenciados. Uma nova assembleia dos médicos acontece na próxima quarta-feira (20), para dar seguimento à discussão sobre os rumos da paralisação.

Durante a audiência, os advogados do Bradesco Saúde afirmaram que o plano tem feito reajustes regulares, e não mostraram nenhuma possibilidade de acordo, além do que foi proposto, e rejeitado pelos médicos, de reajuste de R$ 7 pela consulta.

Os advogados do plano ressaltaram ainda que negociam somente com “pessoa jurídica” e não com profissionais autônomos. O presidente do Sindimed, Francisco Magalhães rebateu, lembrando que o que está em questão é a força de trabalho do médico: “ O plano quer tirar a autonomia do médico. A nossa única exigência é o reajuste dos honorários médicos, portanto a negocia cão é com a gente”, afirmou Magalhães.

A diretora do Sindimed e coordenadora da Comissão de Honorários Médicos (CEHM), Débora Angeli, voltou a pontuar que a categoria vem tentando a interlocução com o Bradesco Saúde a mais de quatro anos, e nunca houve resposta. “O reajuste de honorário que queremos é o mínimo aceitável. Os que eles têm feito são ajustes muitos inferiores a inflação”, disse a diretora.

Diante do impasse, a juíza deu 10 dias às partes para fazerem as últimas defesas, e marcou uma nova audiência para o dia 5 de setembro. Determinou ainda que, até lá, a liminar que pede o reajuste do pagamento da consulta para R$ 150, o repasse do valor baseado no mesmo cobrado aos usuários durante os últimos 10 anos, ou então a implantação da CBHPM, poderá ser julgada.

Estiveram presentes ainda na audiência, os diretores do Sindimed Gil Freire e Socorro Campos, o conselheiro do Cremeb, Antônio José Dórea, e o diretor de Saúde Suplementar da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Alexandre Buzaid.


Publicada no dia 18 de agosto de 2014, às 14h52

Classificação Indicativa: Livre

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