Cerca de 17% do esgoto vão parar nas praias

Além da falta das barracas, os banhistas sofrem com a sujeira em Salvador. As praias, que deveria ser espaço de lazer, estão tomadas de lixo e dejetos. Por isso, é preciso escolher bem aonde ir para não tomar banho de esgoto.

De acordo com a Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa), a quantidade de resíduos tóxicos despejados nos rios é grande e, com as chuvas, as praias acabam sendo contaminadas, pois a sujeira é levada pelas correntezas. Segundo o órgão, 83% dos esgotos das residências e estabelecimentos da cidade vão para a área de tratamento, os outros 17% vão para a água do mar.

Para o superintendente de meio ambiente e projetos da Embasa, Júlio Mota, em entrevista para o jornal A Tarde, a forma de resolver este problema é uma integração entre o estado, governo federal e prefeitura, para urbanização, pavimentação e manutenção das encostas. Caso as ocupações irregulares não sejam contidas, nunca se conseguirá manter 100% da rede de esgoto conectada à Embasa. Atualmente, de acordo com Mota, são cobrados 80% do consumo da água por este serviço.

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Prejuízos
Seis praias de Salvador estão impróprias para banho: Bogari, Penha, Roma, Pedra Furada, Armação e Boca do Rio. Mas, ainda há várias outras onde o esgoto é lançado – Pituba, Amaralina, Praia da Paciência (Rio Vermelho) e Ondina – que não são novidade para a população. O problema é que algumas pessoas não têm consciência e continuam frequentando estes espaços, sem se dar conta dos males gerados pelo lixo.

A qualidade da água é verificada pelo Instituto de Meio Ambiente (IMA), conforme a quantidade de coliformes fecais e é considerada apropriada para banho se tiver, em 80% das amostras, menos de mil coliformes por 100 milímetros de água.

Um alerta aos banhistas é que evitem entrar no mar antes de completar 48h sem chuva. Ou seja, como está chovendo em Salvador há três dias, o momento não é ideal. Se arriscar, corre o risco de ter diarréia, micose, dores abdominais fortes e hepatite A.