Saúde

Febre amarela: 400 mil vacinas serão distribuídas a partir desta quinta (30)

Publicado em 29/03/2017, às 18h02   Brenda Ferreira


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Após a confirmação de quatro macacos contaminados pela febre amarela em Salvador, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) intensificou as ações de combate contra o vírus. Conforme a pasta, cerca de 400 mil vacinas serão distribuídas para 25 postos da capital baiana a partir desta quinta-feira (30). 
As vacinas serão distribuídas pelo Ministério da Saúde, com uma estimativa de até 2 milhões de doses para os baianos. Os bairros com grande risco de contaminação são Brotas – onde o primeiro macaco foi encontrado diagnosticado com a doença -, Vila Laura, Paripe e Itaigara. A primeira confirmação, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, foi nesta terça-feira (28) e, os outros três, nesta quarta-feira (29).
Segundo o secretário de Saúde de Salvador, José Antônio Rodrigues Alves, em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (29), essas doses serão distribuídas em 19 postos, principalmente nas Unidades de Saúde Familiar de Brotas, bairro onde está sendo feita vacinação em massa. As áreas são: Candeal, Santa Luzia, Vale Matatu, Manoel Vitorino, Cardeal da Silva e Vila Laura. De segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 17h.
Ainda segundo o gestor, a doença chamada “episotíase” afeta apenas animais, por isso, não há casos de febre amarela em humanos. Os animais foram encontrados com sinais de espancamento e vivem em ambientes onde já aconteceu a contaminação pelo mosquito transmissor da doença, portanto, é recomendável que a população não frequente o local. Alves acredita também que os macacos infectados pelo vírus vieram de outras cidades. 
O número de macacos capturados na cidade, aparentemente doentes, é de 26, sendo quatro com a confirmação do vírus e, de acordo com Alves, os 21 restantes ainda estão sob investigação. “Esse processo deve durar, em média, de 15 a 20 dias dependendo da quantidade de material que temos para concluir os exames”. 
O secretário alertou sobre o espancamento e morte dos animais infectados. “Não há razão para matar os macacos. Até porque, quem passa o vírus é o mosquito e não o animal”. 
PREVENÇÃO
José Antônio Rodrigues aconselhou a população a não frequentar lugares com matas, não acampar, utilizar repelentes e principalmente combater os mosquitos. “Se tivermos o Aedes Aegypti, não vai ser o macaquinho que vai transmitir a doença”, polemizou.
VACINAS
Alves garantiu que toda a população será vacinada. Com exceção de pessoas acima de 60 anos, gestantes, mulheres que estão amamentando. Para esses dois últimos grupos, a SMS está distribuindo repelentes gratuitamente. 
De acordo com o secretário, para aqueles que não têm cartão de vacina, não precisam se preocupar. “Vai precisar que fazer seu histórico de vacina, mas se for um paciente pediátrico as unidades de saúde vão cobrar o cartão de vacina. Então, ao comparecer com a criança, é importante levar o cartão, para que ela seja impedida de ser vacinada duas vezes, porque aí sim, pode ter um risco vacinal”, pontuou Alves. 
Além disso, pessoas que foram vacinadas nos últimos dez anos estão imunes, assim como crianças entre nove meses e cinco anos que também já foram imunizadas. 

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