Saúde

Filantrópicas de saúde criticam pouco recursos para a saúde

Publicado em 29/06/2015, às 23h00   Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)


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Hoje é o Dia D municipal do Movimento Nacional pela Sobrevivência das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, construído pela Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos – (CMB), com o apoio das Federações Estaduais. Tem como objetivo buscar o apoio da sociedade, inclusive dos gestores, para sensibilizar a equipe econômica do Governo sobre a necessidade do financiamento pleno do setor, para assegurar sua sobrevivência. O Movimento, que tem como slogan “Acesso à Saúde: Meu Direito é um Dever do Governo”, terá mais dois momentos: Dia D Estadual (13 de julho) e dia D nacional (4 de agosto).
O apoio da sociedade é muito importante porque o setor enfrenta séria crise, mesmo com o aumento dos incentivos governamentais dos últimos anos. É que a Tabela SUS, acrescida dos poucos incentivos, juntos, só cobrem 60% do custo real do procedimento, defasagem que tem determinado o endividamento das entidades, cujo montante já supera os R$ 17 bilhões. E o setor filantrópico é responsável por mais de 41,6% das internações do SUS no País, índice que alcança 58,6% nas internações de alta complexidade. Por isso, é preciso assegurar a saúde financeira das entidades, evitando fechamento de novos leitos, situação que torna ainda mais difícil o acesso da população à saúde.
Pesquisa do Conselho Federal de Medicina, com dados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) aponta que foram desativados cerca de 13 mil leitos na rede pública de saúde desde 2010, passando de 361 mil para 348 mil em julho de 2013. E o setor filantrópico disponibiliza, nos seus 1.753 hospitais, 126.883 leitos para o SUS no País, sendo 6.288 na Bahia (88 hospitais). Por ano, são 240,4 milhões de atendimentos ambulatoriais no âmbito nacional, sendo 12 milhões na Bahia. No estado, o setor filantrópico realiza para o SUS 95,6% das cirurgias oncológicas; 83,15% do tratamento em Oncologia; 78,52% das cirurgias do aparelho da visão; 45 % das cirurgias do aparelho circulatório; 44% das cirurgias das vias aéreas superiores, face, cabeça e pescoço; 26% dos partos.
Na avaliação do presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas da Bahia (FESFBA), Maurício Dias, defender a sobrevivência das Santas Casas é defender o acesso à saúde, é ampliar a oferta de serviços para a população e fortalecer o SUS.

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