Em celebração ao Dia Mundial de Combate à Hanseníase, no último domingo de janeiro, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) promove a Semana de Mobilização para Controle da Hanseníase até esta sexta-feira (30). A ação é realizada, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), em todos os distritos sanitários de Salvador, com atividades itinerantes das 8 às 12h. Além disso, o Elevador Lacerda terá iluminação na cor verde, que remete ao tema.
O objetivo é aumentar o diagnóstico precoce e a busca ativa de portadores da enfermidade pelos agentes comunitários de saúde, já que Salvador registrou, em 2014, 340 casos de hanseníase - doença infecciosa crônica que ataca principalmente a pele e os nervos periféricos. Segundo o subcoordenador da Vigilância Epidemiológica do município, Ênio Soares, o crescimento do número de casos é atribuído à intensificação das ações da Saúde municipal para a busca ativa de novos casos. "O diagnóstico é rápido", ressalta. Além do exame, também são promovidas palestras e rodas de discussão sobre o tema, como forma de sensibilizar a população sobre os sintomas da doença.
Nesta terça-feira (27), uma das ações foi realizada no 3º Centro de Saúde Bezerra Lopes, na Liberdade. Antes de ir para o trabalho, o pedreiro Silvino Alves, 57 anos, aproveitou para tirar a dúvida sobre uma pequena mancha que possui no corpo. "Nunca tenho tempo de verificar isso por causa do trabalho. Agora, resolvi parar 10 minutos, fui atendido, peguei uma receita e já vou começar meu tratamento com a tranquilidade de saber que não tenho hanseníase".
A enfermeira da Área Técnica de Controle da Hanseníase, Lilan Inprata, explica que o tratamento é realizado com médico dermatologista ou clinico de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O contato com o setor pode ser feito através do telefone (71) 3186-1050, ou pelo e-mail
[email protected]. Outra opção é ir pessoalmente à unidade de saúde mais próxima da residência para buscar auxílio.
Sintomas – A hanseníase ou lepra é uma doença que se contrai através do contato com pessoas infectadas pelo bacilo de Hansen, que é transmitido por meio das vias respiratórias, fala, secreções nasais, tosses, espirros e contato íntimo com pessoas que ainda não estão em tratamento. Para detectar a doença, é preciso observar manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo e áreas da pele.
As manchas não coçam e causa alteração de sensibilidade, engrossamento dos nervos, caroços, lesões de pele elevadas (placas), inchaço nas mãos e pés, além da perda de força muscular. O tratamento é gratuito, dura entre seis e 12 meses e pode ser feito em qualquer unidade municipal de saúde.
