Salvador

Comércio clandestino de gás de cozinha gera prejuízos em Salvador

Publicado em 20/06/2017, às 13h30   Redação BNews


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Uma concorrência desleal e que coloca em risco a vida da população foi relatada ao BNews por revendedores autorizados de gás liquefeito de petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha, em Salvador. Eles alegam que o fato tem causado um grande prejuízo financeiro.
De acordo com proprietários de estabelecimentos na capital baiana, um botijão de 13 kg, da marca mais vendida na Bahia, que normalmente é comercializado na faixa de R$65 a R$75, acaba sendo repassado pelo vendedor irregular por R$50. 
A prática ilegal tem gerado perdas significativas para as revendas autorizadas, que possuem custos fixos com funcionários, treinamento, aluguel de ponto comercial, criação de estrutura adequada para armazenamento do produto e impostos.  Estima-se que a venda clandestina de GLP corresponda a 30% em todo estado. Além disso, trazem risco de explosões ou incêndios.
Segundo informações obtidas pela reportagem, a ação irregular funciona da seguinte forma: a pessoa produz ímãs de geladeira ou panfletos com números de telefone e divulga para os clientes como se fosse um vendedor credenciado à marca, funcionário de uma revenda autorizada. 
Assim, quem entra em contato e pede o gás, compra sem saber a procedência, sem saber que adquiriu um botijão adulterado, com um volume menor do que o padrão, fator que aumenta o risco de explosões.
O vendedor clandestino não tem autorização da Agência Nacional de Petróleo (ANP), além de licença de funcionamento. Desta forma, sem orientação e treinamento adequados, ele geralmente estoca o produto em locais inapropriados, como em áreas residenciais e sem seguir as normas de segurança, o que põe em risco ainda mais a vida dos vizinhos e do cliente final.
Ainda de acordo com os revendedores, as vendas irregulares acontecem em toda cidade, mas os bairros populares são os mais afetados. “O vendedor ilegal oferece o produto de porta em porta, utilizando motocicletas para transportar o botijão, ou em pontos fixos nas ruas das comunidades”, relata um empresário do ramo.
Como identificar botijão de gás falsificado
O botijão de cozinha tradicional pesa 13 quilos, porém revendas clandestinas costumam pegar botijões cheios e esvaziar parte de seu conteúdo. Depois preenchem  com água ou líquidos inflamáveis, alterando a qualidade do produto. O peso dos vasilhames acaba afetado, pois o manuseio deles é feito inadequadamente. As revendedoras autorizadas têm balanças certificadas pelo Inmetro para atestar o peso correto do botijão e também tem um melhor controle de qualidade do seu produto.
Os botijões feitos a partir de uma liga metálica, por vezes aço-carbono, oferecem mais resistência e durabilidade. Portanto, vasilhames com amassados, pinturas mal acabadas, ferrugens ou fissuras possivelmente contêm vazamentos. Vasilhames adulterados podem receber uma camada de tinta para manter a aparência nova enquanto o seu interior já está comprometido. Então observe o aspecto das pequenas peças, veja se roscas ou válvulas estão danificadas.
Os botijões devem conter informações de contato da distribuidora, com lacre, etiqueta de identificação e inscrição em alto relevo.
Revendedores autorizados pela ANP são preparados para atender com qualidade e ajudar a solucionar dúvidas ou problemas – fachadas de comércios legalizados têm de expor placa com razão social, CNPJ, número de autorização da ANP e capacidade de armazenamento de seus botijões.

Classificação Indicativa: Livre

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