Salvador

Rodoviários aprovam estado de greve e podem parar atividades

Publicado em 11/05/2017, às 12h10   Caroline Góis


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Os rodoviários de Salvador aprovaram, em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (11), o estado de greve. De acordo com o diretor político do sindicato e gerente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Tiago Ferreira, já ocorreram diversas rodadas de negociação, mas sem êxito para a pauta dos trabalhadores. "Foi aprovado o estado de greve que significa a autorização para o sindicato colocar o edital para prazo legal sobre a possível greve", afirmou, informando que este prazo legal é de, no mínimo, 72 horas. "Hoje, às 15h, teremos assembleia que deve definir a colacação do edital", ressaltou. Segundo Ferreira, ainda haverá a tentativa de diálogo e "deve haver intermediação do poder público, tanto do Ministério Público do Trabalho (MPT), bem como da Delegacia Regional do Trabalho". 

Entre as principais reivindicações estão a questão salarial - com 5% de ganho real; manutenção dos empregos e auto escola para os trabalhadores. "Queremos fechar um convênio com o Detran para garantir que aqueles cobradores que forem demitidos possam tirar a carteira de habilitação e garantir emprego como motorista", frisou Fereira. Ainda entre as reivindicações, está a garantia de 100% do plano de saúde.
Questionado sobre a crise que assola o país e que atinge as empresas de ônibus, Ferreira pontuou que há a necessidade de conversa e compreende que o desemprego atinge a categoria,. Entretanto, ele critica a falta de sinalização por parte do patronal com relação a um dos pontos levantados em pauta.

Empresas
As três empresas que operam o sistema de transporte público por ônibus de Salvador alegam ter, desde janeiro deste ano, um déficit mensal de R$ 12 milhões. Ao A Tarde, a associação que congrega os três consórcios (Integra), a tarifa de R$ 3,60 não é suficiente para remunerar o serviço prestado. Ainda conforme matéria de A Tarde, esse déficit é o principal argumento que os empresários do ramo têm levado à prefeitura e ao Ministério Público do Estado (MP-BA) para pedir que o sistema seja revisto e reivindicam redesenho das linhas.
No entanto, o município informa que, embora o projeto esteja pronto, não pode ser implementado até que o impasse com relação ao rateio do valor obtido na integração com o metrô seja resolvido. Ao usar os dois modais, o usuário paga só uma passagem nos casos das linhas já integradas. A Integra alega que os 39% que são destinados ao ônibus (61% é do metrô) são insuficientes. 

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