Salvador

Alunos esperam tablets prometidos pela prefeitura de Salvador há mais de um ano

Publicado em 09/03/2017, às 09h10   Adelia Felix


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Em 2015, a prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Smed), prometeu premiar alunos vencedores de uma disputa realizada durante a II Mostra Criativa Salvador de Arte, Educação e Cultura Negra, com um tablet.
No entanto, até esta quarta-feira (8), os jovens talentosos não foram premiados. A filha do professor de música, Márcio Carvalho Silva, está entre os 10 estudantes que participaram de um concurso de redação. Na época, a adolescente Laís Naldail Barreto Silva cursava o nono ano na Escola Pirajá da Silva, no bairro da Liberdade. Hoje, Laís está no segundo ano do Ensino Médio, em um colégio da rede estadual.
“Ela já havia ficado em terceiro lugar no concurso Jorge Amado de Literatura, depois em segundo lugar no concurso de redação do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia [TRE-BA]. Ela ficou feliz quando saiu o resultado”, lembra o pai da menina.
Segundo Márcio, por diversas vezes, ele entrou em contato a Secretaria de Educação, mas nunca obteve resposta. “Foi prometido um tablet como prêmio, mas há dois anos aguardamos e nada. O prefeito faz várias propagandas onde se gasta milhões com o Carnaval, enquanto as premiações que deveriam ser entregues aos vencedores do concurso de 2015 até hoje nada”, lamenta.
Procurada, a assessoria da Smed explica que a “licitação relativa aos prêmios da II Mostra Criativa Salvador de Arte, Educação e Cultura Negra está em fase final e a cerimônia de entrega deve ser agendada em breve”. 
A Secretaria não divulga a data da entrega, e reconhece que “há uma demora na realização desse evento”, segundo ela, “ocasionada, principalmente, pelos trâmites legais do processo licitatório”.
Em 2016, a reportagem do Bocão News divulgou que a Smed comprou 100 tablets através de licitação. Segundo publicação feita no Diário Oficial do Município, a compra custou R$ 43.900 aos cofres municipais. 
Na oportunidade, a então chefe da Educação municipal, Joelice Braga, afirmou que os equipamentos iriam para crianças das escolas. “São prêmios para alunos. Eles participaram de atividades voltadas para a cultura afro e fazem um calendário criativo e ganham um tablet como prêmio”, afirmou. 
De acordo com o texto publicado no Diário, os tablets são da marca Multilaser e devem ter sistema operacional Google – Android 4.4 ou superior. No mercado, o aparelho custa entre R$ 260 e R$ 599. A Prefeitura de Salvador comprou cada unidade por R$ 439.
Publicada originalmente em no dia 8 de março de 2017, às 13h10

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