Devido ao iminente fechamento de emergências obstétricas em Salvador, o Sindicato dos Médicos (Sindimed), tratou nesta terça-feira (13), em coletiva de imprensa, sobre a situação do Hospital Santo Amaro, cujo atendimento emergencial de obstetrícia será fechado a partir do dia 1ª de novembro.
Segundo presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, 2/3 das mulheres detentoras de planos de saúde procuram o hospital na hora de ter filho de forma espontânea. "Com o fechamento do Santo Amaro, essa mulher só teria, com médicos de plantão, o Hospital Português, Jorge Valente e Sagrada Família. Isso reduziria ainda mais as alternativas", disse.
O presidente pontuou ainda que essa situação afetará o SUS, já que muitas dessas mulheres irão procurar os hospitais públicos. "Haverá uma superlotação nos hospitais públicos, como a Tsylla Balbino e a Climério de Oliveira. Isso pode significar o colapso do atendimento obstétrico na Bahia", pontuou.
Magalhães informou ainda que haverá uma audiência pública na Câmara dos Vereadores na próxima semana para discutir essa situação.
“O problema também já foi comunicado à Assembleia Legislativa, à Câmara Municipal de Salvador, à OAB e aos Ministérios Públicos do Estado e do Trabalho”.
Participaram da coletiva, além do Sindimed, representantes do Conselho Regional de Medicina (Cremeb) e da Associação de Obstetrícia e Ginecologia da Bahia (Sogiba).
