Política

Dalva ingressou na vida pública como chefe de gabinete de Del Carmen na Sumac

Imagem Dalva ingressou na vida pública como chefe de gabinete de Del Carmen na Sumac
Ex-dirigente de ONG foi braço direito de deputada petista  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 24/09/2014, às 09h03   David Mendes (Twitter:@__davidmendes)


FacebookTwitterWhatsApp


Dalva Sele Paiva, a pivô das denúncias feitas à revista Veja sobre um suposto esquema de corrupção envolvendo a ONG Instituto Brasil e o PT na Bahia, que teria desviado R$ 17,9 milhões do Fundo de Combate à Pobreza e repassado para campanhas de petistas baianos, teve seu primeiro registro na vida pública em 1993, quando assumiu a chefia de gabinete da extinta Superintendência de Manutenção e Conservação de Salvador (Sumac).

Na época, o órgão municipal era dirigido pela atual deputada estadual Maria Del Carmen (PT), nomeada pela então prefeita da capital baiana, Lídice da Mata (PSB). Tanto Lídice quanto Del Carmen eram filiadas ao PSDB.

Em 1995, Maria Del Carmem foi promovida por Lídice a secretária municipal de Infra-Estrutura e Saneamento de Salvador, e Dalva acompanhou Del Carmen e passou a ser a número dois também da pasta municipal, onde ficou até o final da administração soteropolitana, em 1996.

Em 2007, após a posse do governador Jaques Wagner (PT), Del Carmen, já filiada ao PT baiano e vereadora de Salvador, renunciou ao mandato para assumir a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Conder), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Sedur). Entre as primeiras ações do órgão estadual comandado por Del Carmen está a assinatura de convênios com o Instituto Brasil, dirigido pela sua ex-braço direito na prefeitura de Salvador.




Dalva Sele (à esq.) organizou cerimônia para lançar obra de conjunto habitacional destinado a famílias carentes


Conforme reportagem da revista Veja, Dalva Sele contou que em 2008 a entidade foi escolhida, em convênio com a Sedur para construir 1.120 casas populares destinadas a famílias de baixa renda. Os recursos, R$ 17,9 milhões, foram repassados pelo Fundo de Combate à Pobreza.

Sobre os convênios celebrados com a Conder na época, Del Carmen, em entrevista ao Bocão News, não soube informar os valores dos repasses e tampouco quis comentar sobre supostas fraudes de notas fiscais que comprovariam a execução dos serviços contratados.

Em nota enviada nesta terça-feira, a deputada afirmou que “desconhece qualquer esquema de corrupção no governo da Bahia e repudia as denúncias efetuadas por Dalva Sele Paiva à Veja”.

“No que diz respeito ao convênio citado pela denunciante, firmado entre o Instituto Brasil e Conder em 2007, é fato notório que o serviço foi executado, possibilitando a captação dos recursos para inúmeras obras do PAC 1”, afirmou a petista.

Ainda conforme Del Carmen, os convênios com o Instituto Brasil foram firmados na época porque “não existia qualquer restrição contra a entidade e/ou sua presidente, atestadas até então como pessoas física e jurídica idôneas”.

Publicada no dia 23 de setembro de 2014, às 18h01


Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp