Rui Costa afirma que Ministério Público Eleitoral tenta intimidá-lo

Publicado em 15/09/2014, às 19h30 David Mendes (Twitter:@__davidmendes)

Candidato se reuniu com a imprensa do sul baiano em hotel de Ilhéus

Em visita a Ilhéus neste sábado (13), o candidato ao governo da Bahia pelo PT, Rui Costa, se reuniu com jornalistas da região para falar sobre as eleições, encontro realizado no auditório do Ilhéus Praia Hotel.

No bate-papo com os profissionais de imprensa, o petista foi provocado sobre a acusação que levou a Mário Kértesz, na entrevista que concedeu na Rádio Metrópole na última quarta (4), de uma suposta prática de “Caixa 2” na campanha do seu adversário, o postulante Paulo Souto (DEM). “Eu não acusei ninguém”, afirmou ao ser questionado pelo jornalista Davidson Samuel, editor do blog Pimenta na Muqueca.

Rui afirmou que não seria função dele denunciar seus concorrentes. “Minha função é ser candidato. Espero que todos cumpram a lei. Para fiscalizá-los, existem as instituições”, disse, logo após revelar que foi intimado pelo Ministério Público Eleitoral na Bahia (MPE) para explicar melhor o que sabia sobre supostas irregularidades na arrecadação do seu adversário.

“Fui intimado, mas, por enquanto, não passei em concurso do Ministério Público [para fiscalizar os postulantes]”, ironizou.

Contatada, o MPE informou que a única ação do órgão ao postulante governista foi em janeiro deste ano. Na época, Rui Costa era o Secretário da Casa Civil do governo da Bahia, cargo que deixou no final de março deste ano.

“Essa denúncia de Rui Costa, o Ministério Público Eleitoral já buscou (no início do ano) informações mais concretas sobre os fatos e não foi informado qualquer dado relevante. Informamos também que à Procuradoria Regional Eleitoral não cabe a apuração de denúncias genéricas de compra de votos, sem indicação de pessoas que teriam realizado a compra de votos ou de testemunhas, apenas casos concretos”, afirmou a assessoria do Ministério Público Federal na Bahia (MPF), em nota enviada ao Bocão News.

Sobre a intimação citada por Rui Costa, o candidato afirmou não estar proibido de “chamar a atenção” do eleitor sobre possíveis irregularidades nas campanhas dos adversários. “Se [o MPE] quis me intimidar, eu não vou me intimidar”, provocou.

A reportagem entrou em contato com a assessoria do candidato petista, mas até o fechamento não obteve resposta sobre as declarações de Rui Costa em Ilhéus.

Com R$ 14,6 milhões arrecadados até o momento, montante que supera o que os dois principais concorrentes - Paulo Souto e Lídice da Mata - arrecadaram, a maior fatia oriunda de construtoras, o candidato petista já informou à Justiça Eleitoral ter gasto R$ 8,1 milhões. Com materiais gráficos e de impressão foram pagos até o momento R$ 350 mil.

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