Política

O PT não pode cobrar fidelidade de ninguém, dispara Lídice da Mata

Gilberto Jr.
Candidata ao governo do PSB rebateu acusações de que teria traído o PT   |   Bnews - Divulgação Gilberto Jr.

Publicado em 21/08/2014, às 16h23   Cíntia Kelly (Twitter: cintiakelly_)


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Questionada sobre uma possível traição ao PT, a candidata do PSB ao governo do Estado, Lídice da Mata, não usou de artifício para contra-atacar o antigo aliado.  “Se há alguém que não pode cobrar de qualquer outro fidelidade é o PT. Alguém aqui esquece que o PT participou do meu governo, saiu do meu governo e no dia seguinte me atacava mais que o PFL? A política não cabe esse tipo de título. Eu sou leal na aliança política. Saiu da administração de João Henrique e passou a atacá-lo”, criticou em entrevista à rádio Metropole, na manhã desta quinta-feira (21).

As críticas ao PT não param por aí. Segundo Lídice, o Partido dos Trabalhadores só aceita discutir renovação dentro do seu "time" político. “Ele trai um princípio fundamental na democracia que é a alternância do poder, e trai outro principio fundamental na frente política, que é transforma-se dono dessa frente”, disse.

Sobre a morte do ex-goverandor Eduardo Campos, na quarta-feira passada, num acidente aéreo, Lídice admitiu que o fato mudou a campanha eleitoral em todo o país. "A morte de Eduardo foi trágica e dolorosa para o PSB. Claro que trará repercussões. Foi um candidato promissor, mas é substituído por uma pessoa que já tinha uma participação eleitoral. Marina, nesse momento, tem o que era dela e tudo que Eduardo construiu. Entra com uma potencialidade maior do que teria se não fosse a perda de Eduardo", disse.

Num prognostico otimista, a senadora acredita em um segundo turno entre a candidata do PT e a do PSB. "Acredito no segundo turno entre Dilma Rousseff e Marina Silva", supôs.

Fugindo da objetividade que lhe é peculiar, Lídice da Mata não negou e nem confirmou que está sendo apoiada pelo ex-prefeito de Salvador João Henrique (PSL). "Eu tenho divergências claras com o ex-prefeito de Salvador. Saimos do governo dele por causa do PDDU, que não concordávamos. Ele não é candidato, entrou no PSL recentemente e o PSL tem uma relação histórica com o PSB. O que há é uma repetição da aliança que havia sido produtiva para os dois partidos em 2010. Na Bahia, temos só o filho e a esposa do ex-prefeito na nossa chapa. Fico surpreendida, tanta troca foi feita, o ex-prefeito que não é candidato ser foco de grande entrave na campanha eleitoral", ressaltou.

Nota originalmente postada às 9h do dia 21

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