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Aleluia diz que Wagner 'deu mancada' com primeiro-ministro japonês

Imagem Aleluia diz que Wagner 'deu mancada' com primeiro-ministro japonês
Fábrica japonesa da Siemens Yazaki se mudará de Feira para Sergipe  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 01/08/2014, às 21h01   David Mendes (Twitter:@__davidmendes)


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Primeiro-ministro japonês Shinzo Abe visita Brasil


O presidente do DEM na Bahia, José Carlos Aleluia, afirmou nesta sexta-feira (1º) que o governador Jaques Wagner (PT) “deu mancada” ao citar, durante encontro com o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, as empresas japonesas instaladas na Bahia como a Siemens Yasaki, fábrica que produz em Feira de Santana, desde 2002, produtos para a Ford, em Camaçari.

O problema é que o grupo já anunciou a transferência da fábrica para Sergipe. “Que mancada, governador Jaques Wagner! A fábrica Siemens Yazaki já não está mais na Bahia, como disse o senhor no almoço com o primeiro ministro japonês”, cutucou o dirigente demista.

Para Aleluia, o líder baiano deu mais uma demonstração de desconhecimento do que estaria a acontecer no estado. “Será que ele também esqueceu de que lhe faltou iniciativa para segurar a Siemens Yazaki em Feira de Santana. A empresa foi para Sergipe, onde vai gerar 1,2 mil empregos para os sergipanos. Acorda, Wagner!”, disparou Aleluia.

Em encontro recente na sede da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Salvador, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Feira de Santana, Fábio Dias, afirmou que não havia motivos para a Siemens Yazaki encerrar as atividades na cidade. “O produto deles vem de um sistema de energia da Ford, vendem sem impostos, a operação vem de lá desonerada. Os impostos que têm aqui terão em qualquer outro estado”, disse.

Entre as justificativas alegadas pela empresa japonesa, a crise do setor automotivo teria levado a fabricante de autopeças a adotar medidas para preservar sua competitividade no país. 

Fábio Dias, que também é vice-presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), ressaltou que a empresa ganhou incentivos fiscais para se instalar em Feira de Santana e deve garantir contrapartidas dos benefícios que recebeu. "A fábrica está instalada em um prédio do governo estadual de forma gratuita. Estamos falando em 1,2 mil famílias que serão prejudicadas. Isso pode trazer um impacto grande não apenas para os trabalhadores, mas para toda a economia local", condenou.

O governo baiano até o momento não se pronunciou sobre o fechamento da fábrica.

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