A candidata ao governa da Bahia pelo PSB, Lídice da Mata, voltou a explicar, nesta segunda-feira (28), o rompimento com o governo Jaques Wagner e com o PT para disputar as eleições deste ano.
"Esse processo de democratização tem que ser permanente. O poder atrai a burocratização, a inércia, o elemento de mudança paralisa quando percebe que mudou a ponto de chegar ao poder. Nós significamos o novo para resignificá-lo. Não podemos pensar em manter o poder na mão de um só partido. Na Bahia nós elegemos o PT para democratizar a Bahia, mas quando chega à administração só o PT se julga capaz de fazer esse processo. Ele se renova internamente, e isso é um comprometimento do projeto democrático”, avaliou em entrevista à CBN Salvador Primeira Edição, na manhã de hoje.
Lídice também criticou as alianças para ganhar tempo de TV e Rádio durante o Horário Eleitoral. “Fui aliada do PT e até casamento se desfaz quanto mais aliança política. Na medida que o PT julga que só um petista pode conduzir o governo, meu partido se mostra contrário. Considero que esse projeto está perdendo a criatividade. Tenho menos tempo de TV e vou me centrar em apresentar minhas propostas porque não sou boxeadora nem pretendo demolir ninguém”, disse, ao se referir às declarações do governador Wagner, de seu afilhado e postulante a sucessor, Rui Costa (PT), iria demolir os concorrentes.
A postulante da coligação "Um Novo Caminho Para a Bahia" também fez críticas à maneira PT de governar o estado. “Apesar de ter avançado na política de inclusão social, [a Bahia] ainda é desigual socialmente no desenvolvimento de cada região. E quero fazer o que melhor podemos fazer que é transformar em um estado do igualdade de oportunidades integrado regionalmente”, disse.
A senadora ainda afirmou que a educação tem muito que melhorar e que, só assim, ocorrerão melhorias na oferta de mão-de-obra. “Temos índices ruins no índice de desenvolvimento educacional nos municípios. Quando discutimos com indústria, comércio, todos são unanimes em dizer que há um hiato entre demanda de mão de obra qualificada e a oferta. Atuando na educação vamos atuar nessa área, para que possamos preencher essa demanda”, frisou Lídice.
