Política

Prisão de Prisco não quebra acordo entre Estado e PM, garante Castro

Imagem Prisão de Prisco não quebra acordo entre Estado e PM, garante Castro
Em entrevista, Castro falou sobre a greve e o processo que desecadeou a prisão do líder grevista  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 24/04/2014, às 06h19   Caroline Gois (twitter: @goiscarol)


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Crimes cometidos em 2012 e agora em 2014, juntamente com a apuração por parte da Polícia Federal e da Justiça foram os motivos que, segundo o comandante geral da Polícia Militar do Estado da Bahia, coronel Alfredo Castro, levaram à prisão do vereador e líder das greves da PM, Marco Prisco (PSDB), ocorrida na última sexta.
Em entrevista concedida na manhã desta quarta-feira (23) à Rádio Metrópole, Castro fez questão  de ressaltar que "não foi o Estado que pediu a prisão de Prisco. Fizemos um acordo e este está matido. Mas, não há concessão de que tem que retirar a apuração que está sendo feita em nível federal. Teve dados que a Justiça mesmo promoveu e queria saber do Estado como estava o movimento da greve. Veio tudo da Justiça Federal. E quem está apurando solicita informações. Por isso, não existe quebra de acordo e posso afirmar hoje que existem propostas e acordos entre o Governo e a categoria", afirmou, salientando que na pauta de propostas estaria a anistia - que é a liberação de qualquer PM envolvido com a greve, "mas o estado não poderia deixar de passar as informações e assim não o fez".
Questionado sobre a postura do deputado estadual Capitão Tadeu (PSB), que se intitulou líder grevista após a prisão do edil, coronel Castro disse que "da mesma forma que ele pediu para a polícia se aquartelar, eu pedi para orientar. A prisão de Prisco não levou a nenhum desacordo e se criou um ruído. Por isso, na madrugada tivemos uma conversa com Eliana Calmon que teve uma postura apolítica e imparcial. Ela estava lá como cidadã baiana e foi um convencimento que ela fez a Tadeu explicando que não houve interferência do Estado na prisão de Prisco. Existe uma prisão preventiva por conta da possível mobilização que ele (Prisco) estava fazendo", contou Castro.
Para o comandante - que na oportunidade listou o balanço da greve deste ano - totalizando 109 homicídios em 48 horas de paralisação, uma greve só deve ser decretada quando o diálogo terminar. "Até agora não vejo motivo porque está existindo diálogo. Queremos recuperar algumas perdas salariais. Vejo como precipitada a ação de qualquer movimentação grevista na Bahia", avaliou.
Por fim, Castro defendeu o Estatuto a ser seguido pela PM apresentado pelo Governo do Estado e, sutilmente, mandou um recado para Tadeu. "A gente não quer disputar momentos de vaidade".

Publicada no dia 23 de abril de 2014, ás 08h53

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