Política

Greve da PM: governador atribui movimento a questões políticas eleitorais

Imagem Greve da PM: governador atribui movimento a questões políticas eleitorais
Jaques Wagner afirma que principais líderes são candidatos   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 16/04/2014, às 15h50   Caroline Gois e Luiz Fernando Lima


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O governador Jaques Wagner recebeu a imprensa, na tarde desta quarta-feira (16), na Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, e falou sobre a greve da Polícia Militar na Bahia, a ilegalidade do ato e as contrapropostas que devem ser apresentadas ainda hoje aos grevistas, na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

Wagner ressaltou que foi surpreendido pela greve já que, de acordo com o petista, as lideranças do movimento romperam com um processo de negociação que já vinha acontecendo há nove meses e a decisão da greve ocorreu de forma unilateral. "Eu tomo minhas decisões e arco com elas. Eles tomaram as deles e arquem com elas", afirmou o governador.

Ainda na oportunidade, Jaques Wagner atribuiu o movimento a questões políticas eleitorais já que, segundo ele, os principais líderes da greve são candidatos nas eleições de outubro. O vereador Marco Prisco (PSDB) é pré-candidato a deputado estadual. Já o deputado estadual capitão Tadeu (PSB), tenta a reeleição.


Foto: Roberto Viana // Bocão News
Há quase 24 horas sem polícia militar em todo o Estado, o governador reforçou a presença do Exército para garantir a ordem pública. A presidente Dilma Rousseff assinou o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) autorizando o emprego das Forças Armadas na segurança pública na Bahia. As operações de GLO conferem aos militares condições de patrulha, vistoria e prisão em flagrante. Wagner pediu que a população retomasse às atividades mediante segurança dos militares, que já se encontram na cidade.

Mais cedo, o governador esteve com o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Marcelo Nilo (PDT, o desembargador Eserval Rocha, o comandante da 6ª Região Militar, general Racine Bezerra Lima, o chefe do Ministério Público Estadual, procurador Marcio Fahel, e o representante do Ministério Público Federal na Bahia, Pablo Coutinho. Na pauta do encontro, a avaliação da situação provocada pela greve dos policiais militares e tomada de decisões.

Na coletiva, Jaques Wagner pontuou ainda que as propostas da categoria não foram enviadas a ele, e sim ao Coronel Castro. Por isso, ele ainda irá analisar as propostas. O comando da greve da PM deve se reunir, às 16h, na Assembleia Legislativa, com os deputados estaduais. A reunião foi uma sugestão do líder do DEM e  vice-presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado Carlos Gaban. O objetivo é que o Poder Legislativo possa colaborar no processo de negociação entre a categoria e governo do Estado.

Hoje, o Tribunal de Justiça decretou a ilegalidade da greve da PM. As cinco associações -  Associação de Policiais e Bombeiros e de Seus Familiares (Aspra), Associação de Praças da Polícia Militar da Bahia (APPM-BA), Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia (AOPM-BA Força Invicta), Associação dos Oficiais Auxiliares da Polícia Militar (AOAPM-BA), Associação dos Subtenentes, Sargentos e Oficiais da Polícia Militar da Bahia (ABSSO-BA) e a Associação dos Bombeiros Militares da Bahia – Associação Dois de Julho - devem pagar multa diária de R$ 50 mil.

Wagner afirmou que com relação às punições judiciais, cabe ao judiciário aplicá-las. Já com relação às punições administrativas, o governador enfatizou que a ação dos grevistas pode levar à exoneração.

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