Política

Dilma pode responder por compra de Pasadena, diz TCU

Imagem Dilma pode responder por compra de Pasadena, diz TCU
Relatório recomenda que responsáveis arquem com perdas da Petrobras  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 13/04/2014, às 18h07   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Um relatório do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) recomenda que os responsáveis pela negociação da compra da refinaria de Pasadena sejam responsabilizados por eventuais perdas da petrolífera brasileira.

O negócio, que contou com o aval da presidente Dilma Rousseff (PT), foi iniciado em 2006 e concluído em 2012, após um longo litígio e gasto superior a US$ 1 bilhão. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o documento da procuradoria de contas, e que subsidiará a decisão dos ministros do tribunal, sugere que a alta cúpula da Petrobrás, "incluindo os membros do Conselho de Administração", responda "por dano aos cofres públicos, por ato antieconômico e por gestão temerária", caso sejam comprovadas irregularidades.

Para o MP, as falhas dos gestores da estatal na condução do negócio foram "acima do razoável". Em 2006, a líder nacional, que era chefe da Casa Civil do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidia o Conselho de Administração da Petrobras. No mês passado, ao saber que seu voto favorável, naquele ano, à compra de 50% da refinaria de Pasadena, no Texas, Estados Unidos, seria divulgado, Dilma soltou nota na qual afirmou só ter apoiado o negócio porque foi mal informada sobre as cláusulas do contrato.

Em 2008, ainda como presidente do Conselho de Administração, a presidente passou a ser contra o negócio e atuou para tentar barrar a compra de 100% da refinaria, algo que, em razão de custos judiciais, encareceu ainda mais a transação, que precisou ser concretizada.

A manifestação de Dilma aos questionamentos feitos causou uma crise política, que acarretou na aprovação de uma CPI para investigar a estatal. Em meio ao caso de Pasadena, outras suspeitas recaíram sobre a Petrobrás. A principal envolve ligações do ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa com o doleiro Alberto Youssef.

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