A primeira-dama do estado, Fátima Mendonça, assumiu publicamente o interesse de ser prefeita da capital baiana. Ela, que é filiada ao PV, disse que adoraria ver a cidade mais bem cuidada.
Agora, surgiram rumores de que a deputada estadual Maria Luiza (PSC), primeira-dama de Salvador, consultou escritórios de advocacia em São Paulo e Brasília com o objetivo de suceder o marido no comando do Palácio Thomé de Souza.
A postura de Fátima Mendonça não foi levada muito a sério, mas a possibilidade de ter Maria Luiza como prefeita, de fato, causou polvorosa nos bastidores da política soteropolitana.
Entretanto, o advogado Ademir Ismerin, um dos maiores eleitoralista da Bahia, garante que, em 2012, nenhuma das duas pode disputar a cadeira hoje ocupada por João Henrique (sem partido).
“A lei 9504 e a Constituição Federal permitem apenas uma reeleição para prefeito e governador. Entretanto, proíbe expressamente que parentes de até 2º grau concorram ao mesmo cargo na eleição subsequente. No caso de Maria Luiza, ela pode até disputar a prefeitura de Xique-Xique ou Lapão, mas, não, Salvador. Já Fátima Mendonça fica impedida de ser vereadora, prefeita ou até mesmo vice em qualquer cidade da Bahia. Isso porque a jurisdição do governador abrange todo estado”.
O
Bocão News questionou se a brecha que permitiu Rosinha Matheus substituir o marido, Antony Garotinho, no governo do Rio de Janeiro pode favorecer a primeira-dama de Salvador.
“Neste caso específico, Garotinho renunciou ao primeiro mandato nove meses antes da eleição. A vaga foi assumida pela vice e só depois Rosinha conseguiu ser eleita. Mesmo assim, ela entrou como o segundo mandato do marido. No caso de Maria Luiza, é 100% impossível”, esclareceu Ismerin.
Fotos: Aristeu Chagas e Edson Ruiz/Bocão News e Criação: Luiz Fernando Lima/Bocão News
