Política

Maria Luiza diz que leva a fama sem proveito

Publicado em 03/02/2011, às 07h18   Luiz Fernando Lima


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Como já era esperado, uma das deputadas mais “assediadas” pela imprensa durante a abertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa da Bahia foi Maria Luiza (PSC), mulher do prefeito de Salvador, João Henrique. A parlamentar retorna ao Legislativo após algum tempo sem dá as caras na Casa, e aclamada pelo voto popular.

Questionada sobre as ausências durante as sessões do segundo semestre do ano passado, a deputada argumentou que no período eleitoral as faltas são comuns. Disse ainda que as suas atividades parlamentares não foram comprometidas. Em outro momento Maria Luiza reconhece que as atribuições como primeira dama também ocupam o seu tempo.

“Eu acumulo duas atividades. Tenho um trabalho de assistente social e tenho também a minha vida parlamentar. Eu nunca comprometi nenhuma das duas partes. As faltas que não comprometam a minha produção parlamentar e, sem dúvida nenhuma, vão continuar a ocorrer. Isso é inerente a todos. Mas não é desejo, não é intencional de forma alguma. Agora, é real, é fato, que eu não tenho somente a atividade parlamentar”, justificou.

Maria Luiza já foi da base do governo Wagner, depois saiu e agora sinaliza  retornar. Sobre esta movimentação, a parlamentar revelou que considera a política como efêmera e que este tipo de mudança é normal. “Eu já estive na oposição, não vou negar que no momento em que houve a ruptura do PT com João Henrique, aquilo magoou, mas a gente vai aprendendo que a política é efêmera demais. E, que junto a isso, nós precisamos estar repensando e procurando o lado do bem e o lado correto. O nosso governador acabou de ser eleito, o povo credenciou tudo aquilo que estou dizendo e eu credencio da mesma forma.”

A parlamentar recusou a decisão de seu partido, que pelo critério de proporcionalidade, teve direito à indicação de um nome para a Mesa Diretora. Maria Luiza foi a escolhida, mas declinou. Para o seu lugar o bloco formado pelo PSC e PTN indicou o deputado Carlos Ubaldino (PSC).

Prefeitura

A primeira-dama também disse que não se sente incomodada com as constantes insinuações de que comanda a prefeitura. De acordo com ela, existe apenas uma caneta, que está nas mãos do prefeito João Henrique. “Eu acabo, às vezes, levando uma fama sem proveito. Porque só existe uma pessoa que pode assinar os documentos de exoneração ou de nomeação que é o prefeito. Por ser mulher estou mais próxima, posso sugerir, posso aconselhar, posso opinar, mas definir não, isto é impossível”, salientou.

A deputada acredita que a questão relacionada à sua participação na prefeitura já virou um mito. “É um mito que não me incomoda de jeito nenhum. Eu prefiro ser alguém que tem posição”.

Para ela, a administração de Salvador não é tão desastrosa a ponto de tornar qualquer solução impossível. “A cidade de Salvador, como qualquer estrutura política de hoje, passa por dificuldade, mas não passa por uma inviabilidade. Então, esta tranquilidade é que eu acho que nós precisamos ter. Tenta-se passar uma ideia de inviabilidade e não é essa a realidade. Eu vou ficar torcendo para que o prefeito tenha sucesso, para que o governador Jaques Wagner tenha sucesso e que ambos possam estar trabalhando para melhorar a vida dos baianos” concluiu.

Fotos: Edson Ruiz // Bocão News

Classificação Indicativa: Livre

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