Política

Garotinho confirma candidatura ao governo do Rio em 2014

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O deputado pede votos para pré-candidato em Nova Iguaçu, contrariando Lei Eleitoral  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 04/04/2012, às 07h09   Redação Bocão News


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O deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) confirmou nesta segunda-feira que vai ser candidato ao governo do Rio em 2014. Ele esteve em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, em evento de apoio à pré-candidatura de Rogério Lisboa (DEM) à prefeitura do município. Aproveitou a ocasião para, mais uma vez, criticar o governador Sérgio Cabral (PMDB).
- Eu queria ser governador (em 2010), mas me deram um golpe. Ele (Cabral) usou a Justiça para me impedir de ser governador. Quatro anos passam rápido. 
Em 2014, eu vou voltar se Deus quiser - disse o ex-governador durante o discurso no Iguaçu Basquete Clube.
Acompanhado da filha, a deputada estadual Clarissa Garotinho (PR), que será a vice na chapa do pré-candidato à prefeitura do Rio Rodrigo Maia (DEM), - ex-governador pediu votos para Rogério Lisboa, o que é proibido pela legislação eleitoral. De acordo com a lei, só é permitido fazer propaganda ou pedir voto a partir do dia 6 de julho. A pena para quem descumprir a regra pode ser multa ou até a cassação do registro de candidatura.
- Rogério Lisboa é o único da cidade que vai me apoiar para ser governador. Se o povo quer me ver governador, já sabe em quem votar. Votar em Rogério Lisboa para prefeito de Nova Iguaçu – discursou.
Rogério Lisboa é presidente regional do DEM no Rio e está lotado no gabinete do senador Lindbergh Farias (PT), ex-prefeito de Nova Iguaçu, de quem Lisboa foi secretário municipal de Obras.
Clarissa apresentou o pai aos presentes como futuro governador do Rio e falou sobre os projetos sociais de Garotinho, como o cheque cidadão e o restaurante popular. Ela também atacou adversários de Rogério Lisboa à prefeitura de Nova Iguaçu, como o deputado federal Nelson Bornier (PMDB): - Tem muitas gente com medo desta aliança (PR-DEM). Vou apoiar Rogério Lisboa para prefeito de Nova Iguaçu.
Rogério Lisboa foi condenado por um colegiado em segunda instância, em 2006, por improbidade administrativa. Ele foi acusado pelo Ministério Público Estadual por nomear em seu gabinete, em 2000, quando era vereador em Nova Iguaçu, o líder comunitário e comerciante Moisés Bastos Justino como assessor legislativo. Em troca, Justino desistiria de disputar a eleição daquele ano para apoiá-lo na reeleição.
Segundo o MP, mesmo sendo funcionário comissionado de Lisboa, Justino nunca compareceu ao trabalho, mas ganhava salário de R$ 1.200. O comerciante, revela a investigação do MP, atuava apenas como cabo eleitoral do então vereador Rogério Lisboa em vários bairros do município.
A decisão da Justiça, em primeira instância, suspendeu os direitos políticos de Lisboa por oito anos e determinou ainda pagamento de multa. Ele recorreu. Em 2007, a desembargadora Maria Helena Pinto Machado Martins manteve a condenação por improbidade em segunda instância. A magistrada, por sua vez, excluiu do processo a cassação dos direitos políticos do acusado. Ainda em 2008, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) sustentou a decisão da desembargadora.
Vários pré-candidatos, entre eles o ex-prefeito de Japeri Carlos Moraes. Os políticos levaram claques em ônibus alugados para participarem do encontro, que contou com faixas e cartazes de Rogério Lisboa. Um depoimento em vídeo do ex-prefeito do Rio Cesar Maia foi exibido.

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