O presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, confirmou em delação premiada ter jantado em 2014 no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República, com o próprio vice Michel Temer e o então deputado Eliseu Padilha, atual ministro-chefe da Casa Civil. Temer teria pedido “apoio financeiro” ao empresário. As informações são da revista Veja.
A publicação afirmou ainda que Odebrecht teria prometido colaborar com Temer. O pagamento do “apoio financeiro” teria acontecido em dinheiro vivo, entre agosto e setembro de 2014.
A Odebrecht repassou 10 milhões de reais ao PMDB. Desses, 4 milhões tiveram como destinatário final Eliseu Padilha. Os outros 6 milhões de reais foram endereçados ao presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Em 2014, Skaf disputou o governo de São Paulo pelo PMDB com o de Temer.
Ainda segundo a revista, o repasse dos 10 milhões de reais em dinheiro vivo estaria registrado na contabilidade do setor de operações estruturadas da Odebrecht, também conhecido como “departamento da propina”.
Por meio de nota, Temer confirmou o jantar, mas disse que ele e Odebrecht conversaram “sobre auxílio financeiro da construtora Odebrecht a campanhas eleitorais do PMDB, em absoluto acordo com a legislação eleitoral em vigor e conforme foi depois declarado ao Tribunal Superior Eleitoral”.
