Política

Dirceu levou 25% de propina paga por empresas que procuraram Petrobras, diz PF

Publicado em 24/05/2016, às 11h57   Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)


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No final da manhã desta terça-feira (24), investigadores da Operação Lava Jato detalharam a nova fase deflagrada intitulada 'Vício". Segundo a força-tarefa, as empresas envolvidas procuraram operadores e diretores da Petrobras para receber vantagens. Os agentes ainda citaram o ex-ministro José Dirceu, o ex-diretor da estatal Renato Duque e “seu grupo político” como beneficiários da propina e fez declarações para pressionar o Congresso a aprovar medidas que combatam a corrupção no Brasil.

Foram 28 mandados de busca e apreensão, realizados no Rio e em São Paulo, dez de condução coercitiva e dois de prisão preventiva. Os presos são: Flávio Henrique de Oliveira e Eduardo Aparecido de Meira, sócios de uma empresa chamada Credencial, usada como “fachada para lavar dinheiro”, segundo os investigadores. Um foi preso na capital paulista e outro no interior de São Paulo, ambos serão levados a Curitiba. Conduções coercitivas e mandados de busca foram realizados em São Paulo e no Rio. Além desse esquema envolvendo a empresa de fachada, foram alvos duas empresas fornecedoras de tubos: Apolo Tubulares e Confab. Os contratos dessas empresas totalizaram mais de R$ 5 bilhões com a Petrobras, e em decorrência desses contratos foram pagas propinas que totalizaram pelo menos R$ 40 milhões.

Além desses contratos na aquisição de tubos, o que chamou a atenção dos investigadores foi que os executivos dessas empresas procuraram o operador Júlio Camargo e pediram para serem contratados pela Petrobras. Júlio, assim, procurou o diretor Renato Duque e o contrato foi firmado. A Apolo pagou propina de um total de R$ 6,7 milhões — “e cerca de 25% desse valor foi redirecionado a Dirceu”, afirmou Roberson Pozzobon, procurador da Lava-Jato.

Fonte: O Globo.

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