Política

MP-BA vai denunciar políticos por desvio de R$ 20 mi na ONG Pierre Bourdieu

Publicado em 22/03/2016, às 09h06   Cíntia Kelly (@cintiakelly_) e Rodrigo Daniel Silva (@rodansilva


FacebookTwitterWhatsApp

Em curso desde 2012, a investigação do Ministério Público da Bahia apura desvio de R$ 20 milhões envolvendo contrato entre a ONG Pierre Bourdieu e a Secretaria Municipal de Educação na gestão do secretário João Carlos Bacelar, hoje deputado federal pelo PTN. Agora, quase quatro anos depois, a promotora Rita Tourinho pediu mais tempo para concluir as investigações e denunciar por improbidade administrativa executivos e políticos.

Os nomes não foram revelados pela promotora Rita Tourinho, que garantiu que os políticos na mira do MP-BA estão com mandatos e outros sem. “A gente está dependendo de algumas informações do inquérito policial. Já temos algumas pessoas definidas em relação a responsabilidade. A nossa decisão é: se não obtivermos mais informações, vamos ingressar com ação o que já temos. Prorrogamos por mais tempo, mas vamos denunciar no máximo até junho”, revelou ao Bocão News.

O MP investiga desvio de verbas municipais da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, com participação da Pierre Bourdieu e de servidores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb).

Em operação conjunta MP e Polícia Civil denominada de Prometheus, foram apreendidos computadores, notebooks, pen drives, celulares, e notas ficais. Os números que envolvem a ONG são altos. No total, cinco convênios e um aditivo foram celebrados entre 2011 e 2012 num montante de R$ 120 milhões. À época da deflagração das investigações, a polícia estimou que pelo menos 20% do total foram aplicados indevidamente, por meio de notas fiscais frias e de superfaturamento.


Prometheus - As investigações tiveram início em 2012, quando um ex-integrante da ONG Pierre Bourdieu denunciou a falsificação do seu nome em um documento referente às eleições da entidade. Em agosto de 2013, a polícia cumpriu mandado de prisão temporária contra o presidente da ONG, Dênis de Carvalho Silva Gama, dois diretores, Rubens Antônio Almeida e Michel Souza Silva, e o contador Petter Souza Silva. 

Leia também:

Suspeito de receber dinheiro de ONG, irmão de deputado tem conta bloqueada

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp