Caso Paupério: ACM Neto ameaça processar veículos de comunicação

Depois de ter o nome relacionado em suposto esquema de corrupção na secretaria de Educação entre 2009 e 2012, o secretário de Gestão, Alexandre Paupério, pediu demissão do cargo no início da noite de ontem, 21 depois da Ação de Improbidade Administrativa ter sido enviada pelo Ministério Público à 7ª Vara da Fazenda Pública. Segundo o prefeito ACM Neto, a conversa com o então demissionário foi tranquila. “Foi rápido. Ele falou que precisava se dedicar a vida pessoal”, disse Neto à imprensa.

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Paupério e outras 13 pessoas, entre elas os ex-secretários de Educação, Carlos Soares e João Carlos Bacelar, atual deputado federal do PTN, e a Fundação Escola de Administração (FEA) foram denunciados pelo MP por suposto desvio de quase R$ 40 milhões da Secretaria de Educação entre 2009 e 2012. Paupério não fazia parte da gestão.

Irritado, o prefeito ACM Neto disse que estuda a possibilidade de processar veículos de comunicação que, segundo ele, não registraram com clareza o período em que ocorreu o suposto desvio. “O período dos fatos não tem nada a ver com a nossa gestão. Todos os questionamentos do Ministério Publico feitos a partir de janeiro 2013 foram respeitados e acatados. Tudo que se refere a Paupério e outros tem a ver com governos passados. Nada tem a ver com nossa gestão. Estudo interpelar judicialmente os veículos que insistiram em misturar as coisas”, ameaçou. Ele ressaltou que em 10 anos como deputado federal e quase três anos como prefeito “ninguém tem uma virgula para falar da sua conduta pela ética e moralidade”.

Sobre a avaliação que teria feito da ação proposta pelo MP, Neto disse que quem tem que se pronunciar é o Poder Judiciário. “Não cabe a mim fazer avaliação de culpabilidade de ninguém neste momento. Só o Poder Judiciário pode afirmar da inocência ou não de Paupério”.