Política

Guerra por cargos entre peemedebistas adia reforma ministerial

Publicado em 25/09/2015, às 10h35   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Sem conseguir chegar a um acordo com o PMDB, a presidente Dilma Rousseff (PT) adiou para a próxima semana o anúncio da reforma ministerial. Em nota divulgada na noite desta quinta-feira, o governo afirma que "alguns dos partidos que integram a base aliada solicitaram o adiamento do anúncio da nova composição ministerial, para que mais consultas possam ser realizadas". O texto ainda diz que "o objetivo é realizar uma reforma administrativa que amplie a eficiência e a boa gestão dos recursos públicos, bem como assegure a estabilidade política e econômica do Brasil".

Impasses com o PMDB dificultaram as negociações, e a presidente não conseguiu dividir as vagas entre as indicações feitas pelas bancadas do partido no Senado e na Câmara e a cota do vice-presidente Michel Temer.

De acordo com informações do jornal O Globo, uma das dificuldades, segundo interlocutores, é a saída do ministro Eliseu Padilha, da cota pessoal de Michel Temer. Deputados do partido afirmam, no bastidores, que não são contrários a que Padilha permaneça, mas que ele não é computado como uma das duas indicações da Câmara.

O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), afirmou hoje que o compromisso assumido pela presidente com sua bancada foi o da indicação de deputados para duas vagas na reforma ministerial. Segundo Picciani, se esse compromisso não for cumprido, será preciso rediscutir com o governo o espaço do PMDB na Câmara no governo. O líder do PMDB, no entanto, minimizou as especulações que se fortaleceram nesta sexta-feira (25), de que Dilma teria voltado atrás e poderia dar apenas o Ministério da Saúde à bancada da Câmara.

Segundo peemedebistas, a pressão do PT sobre Dilma está grande, principalmente depois do vazamento que a presidente daria o Ministério da Saúde para o PMDB. Para a pasta, a presidente recebeu da bancada do PMDB na Câmara uma lista de três nomes: Manoel Júnior, Marcelo de Castro e Saraiva Felipe. O mais cotado é Manoel Júnior. A bancada espera ainda um segundo ministério, que inicialmente seria o de Infraestrutura, resultante das fusões de Portos e Aviação Civil.

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