Política

Em leniência, Camargo cita 18 executivos de empreiteiras em cartel de Angra 3

Publicado em 05/09/2015, às 08h08   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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A empreiteira Camargo Corrêa, por meio de seu acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), revelou ao órgão federal novos nomes de executivos de outras grandes empresas do País que estariam envolvidos no esquema de cartel para vencer as licitações da usina de Angra 3.

O conluio na Eletronuclear já é alvo de uma ação penal na Justiça Federal do Paraná que tem como réus o ex-presidente da estatal, almirante Othon Luiz Pinheiro e outros 13 acusados.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, ao todo, a Camargo Correia apontou ao Cade os nomes de 18 executivos de seis empreiteiras: UTC, Andrade Gutierrez, Odebrecht, Techint, Queiroz Galvão e EBE que se uniram em consórcio único, chamado Angramon, e venceram as licitações sob suspeita para tocar obras de montagem eletromecânica da usina de Angra 3. Alguns deles já são conhecidos, como o dono da UTC Ricardo Pessoa, e até foram denunciados à Justiça, mas outros ainda não haviam sido citados nos escândalos investigados pela Lava Jato.

Em seu acordo com o Cade, a Camargo Corrêa descreve em mais de 130 páginas os detalhes dos encontros e acertos entre os executivos para vencer de forma anticompetitiva a licitação de Angra 3. A farta documentação entregue pela empreiteira inclui ainda várias trocas de e-mails e relatos com datas e locais de onde ocorreram as reuniões entre os executivos das empresas concorrentes para, dentre outros, discutir sobre a licitação de Angra 3.

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal vão investigar as informações apresentadas pela Camargo Corrêa em seu acordo de leniência.

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