Política

Recessão: Federação das indústrias e oposição criticam queda do PIB

Publicado em 29/08/2015, às 23h02   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


FacebookTwitterWhatsApp


Presidente da Fiesp, Paulo Skaf

Após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar que a economia brasileira encolheu 1,9% no segundo trimestre, na comparação com o primeiro trimestre do ano, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo afirma que os números úmeros do PIB mostram que o país deve sofrer uma queda de 2,5% a 3%. O Produto Interno Bruto, a soma em valores monetários da produção de bens e serviços do país, teve queda de 1,9% no segundo tremestre de 2015.

"O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, erra na condução da política econômica ao aumentar impostos, elevar os juros e restringir o crédito, o que só piora a recessão e amplia o desemprego", disse o presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf.  "A criação de um Imposto sobre a circulação financeira ou de qualquer outro será rejeitada por todos os setores da sociedade", afirmou, ao criticar a proposta da possível volta do CPMF, o imposto do cheque.


Senador Aécio Neves

Além da Fiesp, parlamentares da oposição criticaram o governo . O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, disse que a queda do PIB traduz o "desastre econômico" que ocorre no país. Aécio diz ainda que "o pior está por vir" e ironiza declaração da presidente Dilma Rousseff de que subestimou a crise.

"Quem fingiu não saber da crise, hoje finge que governa", disse o tucano, por meio de nota. O senador mineiro acusou o governo de dificultar o acesso dos brasileiros a programas sociais nesse momento de recessão. "A queda de 1,9% do PIB no segundo trimestre traduz o desastre econômico em curso no Brasil: o país cresce menos que quase todos os países do mundo, tem uma das mais altas taxas de inflação entre as economias minimamente organizadas e pratica as maiores taxas de juros do planeta", disse o tucano, ao acrescentar: “o pior ainda está por vir. O olhar equivocado da presidente, apontando uma ‘travessia’, infelizmente, não enxerga e reconhece o deserto de oportunidades, de perspectivas e de esperança".


Senador Ronaldo Caiado

Para o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), o resultado é preocupante, principalmente pela agropecuária, que demonstrava vigor mesmo com a crise econômica, mas já apresenta retração de 2,7% quando comparada ao trimestre anterior.

"Dilma conseguiu derrubar até a agropecuária conforme havíamos alertado. O cenário é de terra arrasada para esse e para o próximo ano. Indústria, investimentos, consumo das famílias, tudo ladeira abaixo. E advinha o que subiu? O consumo do governo. Os avanços dos últimos anos na economia estão seriamente comprometidos e esse governo não tem condições nem capacidade de mudar esse cenário.", avaliou Caiado, também em nota enviada à imprensa.

O democrata comparou a situação brasileira com a década de 80, quanto o país amargou um dos piores momentos para a economia nacional. "Os jovens não sabem, mas isso lembra o cenário devastador dos anos 1980. Inclusive com o governo culpando a 'crise mundial'. É um discurso que não cola quando os Estados Unidos começa a crescer ao ritmo de 3,7%. A sociedade como um todo precisa entender que com Dilma e o PT no governo, a situação só vai piorar. Vamos esperar mais três anos?", questionou.

Ao comentar a queda do PIB, o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), disse que a economia encolheu mais rapidamente do que o esperado. “Essa queda é preocupante. A economia freou rápido demais. É uma frenagem exagerada da economia. Uma desaceleração preocupante”, disse Delcídio. O senador disse ainda que há resistências no Congresso à aprovação de uma nova CPMF. “As chances de aprovação no Senado são remotas. Em 2007, havia muito mais condições, os governadores eram a favor, mas ela foi derrubada”, disse Delcídio, ao jornal da Globo.

*Matéria originalmente postada às 8h31 deste sábado (29)

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp