Itapebi: secretário preso pela PF tem liberdade provisória concedida

Wellington Nune era o braço direito do prefeito Francisco Brito

O secretário de governo de Itapebi, Wellington da Silva Nunes, preso pela Polícia Federal (PF) na semana passada, acusado de falsidade ideológica, teve a liberdade provisória concedida pela Justiça. Nunes foi exonerado do cargo pelo prefeito Francisco Brito (PSC) na última segunda-feira (24).

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O ex-chefe da pasta usava a identidade do irmão, Florisvaldo da Silva Nunes, morto há 20 anos. Detido na carceragem da PF em Porto Seguro desde até então, Nunes deverá deverá ser solto nesta quarta (26), após pagamento de fiança.  

O prefeito disse ter sido pego de surpresa com a prisão do seu colaborar e seu braço direito na administração municipal. “Ainda não tive contato com ele, mas quero vê-lo para que tudo seja esclarecido para mim. Já exoneramos e ele não vai mais ter cargo na prefeitura. Havia boatos [do uso ilegal], mas a situação estourou no meu governo”, disse Brito.

Segundo o gestor, Nunes ocupava posição estratégica na articulação entre Executivo e Legislativo. “Ainda não tenho ninguém para colocar no lugar dele. Ele me ajudou muito. Devo muito a ele”, reconheceu, ao defender que o seu ex-articulador político vá a público prestar satisfação à população itapebiense.

O problema é que, com a prisão do ex-secretário, os ânimos se acirraram no município. Nesta terça-feira (25), a sessão na Câmara de Vereadores foi tumultuada e precisou da presença da Polícia Militar para controlar os mais exaltados. 

O presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Leonardo Ribeiro (PSB), chegou a admitir que os moradores ameaçaram invadir a sede em protesto pelos últimos acontecimentos. Por conta disso, a prefeitura teria sido fechada ao público, informação negada pelo prefeito. "Está funcionando normalmente. Soube da invasão programada, mas seria de sem-terra e não de moradores”, disse.

Sessão desta terça-feira (25) foi bastante tumultuada na Câmara de Vereadores de Itapebi

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