PT diz que não cabe à Polícia Civil minimizar ataque ao Instituto Lula

Rui Falcão e o ministro Jaques Wagner concederam entrevista neste sábado em Salvador

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou neste sábado (1º) que o ataque à sede do Instituto Lula não foi uma “provocação qualquer” e o ato deve ser condenado.  Uma bomba caseira foi jogada na noite da última sexta-feira (30) em frente à sede do instituto do ex-presidente petista, no bairro do Ipiranga, em São Paulo.

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“É um ato de violência contra a maior liderança que o país já produziu. Um ex-presidente da República. E estimulado em parte não só pelos nossos opositores, mas por alguns veículos da grande imprensa. Vamos lembrar que uma publicação recente disse: ‘essa é a vez dele agora’. Isso foi uma sinalização para coisas mais graves”, condenou, em entrevista nesta manhã durante encontro do Diretório Estadual do PT baiano.

Conforme noticiou nesta sexta (31) o jornal Folha de São Paulo, a Polícia Civil trabalha com a suspeita inicial de ação de "baderneiros", e não um crime político.

“O fato ocorreu. Essa baderna não foi feita na Rua da Consolação, na prefeitura de São Paulo ou no palácio do governador, que também seria grave. Ela foi feita na sede, no local de trabalho do ex-presidente Lula. Essa é a gravidade. Não é se foi baderneiro, se foi um grupo organizado ou se a bomba matou alguém ou não, o que seria pior. De qualquer maneira, merece uma reprovação grande. E não cabe à Polícia Civil nem nenhuma autoridade minimizar o episódio”, criticou.

Ontem, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou que acionou a Policia Federal (PF) para colaborar nas investigações. O caso foi entregue ao diretor-geral da PF, Leandro Daiello. A PF vai colaborar com as autoridades paulistas, segundo o ministro, "dentro das nossas competências, analisarmos o que aconteceu e tomarmos decisões".

Publicada no dia 1º de agosto de 2015, às 12h