Política

Food trucks não poderão vender acarajé, mesmo que 'gourmet '

Publicado em 31/07/2015, às 13h18   David Mendes (Twitter: @__davidmendes)


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Apesar de ter sido batizado de “Food Trucks” (comida de caminhão), o projeto de regulamentação da atividade comercial aprovado na Câmara Municipal de Salvador não trata apenas dos furgões adaptados para vender comida nas ruas.

Aprovado por unanimidade pelos vereadores soteropolitanos na última quarta-feira (29), a matéria trata da regulamentação de todo o comércio de alimentos em veículos automotores em Salvador, a exemplo de “trailers” e furgões. Inicialmente, a proposição (PL 24/2014), apresentada pelo vereador Léo Prates (DEM), tratava também da regularização do comércio de alimentos em carrinhos e tabuleiros tracionados ou carregados pela força humana.

Entretanto, após protestos de entidades como a Associação das Baianas de Acarajé, o projeto de lei sofreu substitutivo e passou a legislar apenas sobre o comércio em veículos automotores. “O projeto não traz impacto nenhum para as baianas de acarajé”, garantiu Prates. Isso porque, um acordo teria sido firmado para que a proposição só fosse votada se os food trucks fossem proibidos de vender acarajé, mesmo que seja na modalidade “goumert”, e nem as outras iguarias encontradas nos tabuleiros das baianas.

A regulamentação está a cargo da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop). Contatada, a secretária Rosema Maluf informou que a regulamentação está em fase final de estudo. “Praticamente está pronta. [O food truck] é ponto pacífico de regulamentação porque a tendência é mundial. Na minha visão é algo muito importante para cidade”, disse.

Segundo a secretária, a prefeitura estuda liberar, no máximo, duas licenças para cada CNPJ que solicitar autorização para comercializar alimentos nas ruas de Salvador. “Se não, as grandes redes tomam conta. O prefeito determinou que sejam priorizados os micro e pequenos empresários da cidade”, disse a secretária, ao informar que a licença não dependerá da associação a alguma entidade representativa em vigência e legalizada na cidade. “A escolha [de se associar] é de foro íntimo do empresário. [Ter que estar associado] não há nenhuma exigência da prefeitura para solicitar a licença”, afirmou Rosema. O projeto de lei já foi enviado para a sanção do prefeito ACM Neto (DEM). 

Classificação Indicativa: Livre

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