Entrevistado pelo apresentador Zé Eduardo, no programa Se Liga Bocão, da Itapoan FM, nesta segunda-feira, 6, o presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, afirma que ainda tem como principal meta para os próximos meses, mapear as manifestações culturais da periferia de Salvador. "Nossa meta é mepear esses grupos culturais atuantes, para poder apoiá-los. Percebi muita coisa boa na periferia, e isso importante principalmente para os bairros mais afastados. Basta perceber que todo bairro periférico onde há um centro cultural e esportivo de peso atuando, os índices de violência urbana são mais baixos" afirmou o teatrólogo.
De acordo com Guerreiro, desde quando assumiu a presidência da FGM, sua meta foi adentrar a cultura a zona periférica, e sair do eixo de apoio restrito ao Campo Grande e ao Corredor da Vitória. "Cada vez mais eu acredito que não é a cultura que está morrendo, e sim o apoio à cultura". Entre suas descobertas, o gestor aponta que os artistas estão aprendendo a trabalhar com os editais de cultura, para lançar seus projetos.
Entre os trabalhos citados pelo presidente da fundação, estão os grupos de valsa de Cajazeiras, cineastas mirins, em Parnambués e na Cidade Baixa, e também os artistas do hip hop, que, segundo aponta Guerreiro, é quem está dominando a cena cultural das periferias da capital atualmente. "Apenas na Liberdade detectei 14 grupos", destacou.
Em relação ao trabalho recente a frente da FGM, Guerreiro esclarece que tem sido um longo aprendizado. "É preciso reconhecer que é muito difícil e às vezes dá um desânimo, mas com muitas conquistas. Antes a fundação fazia um projeto por ano, hoje nos fazemos 32", afirmou, destacando ainda a recente reeinauguração do complexo da Barroquinha, que já está com a agenda de atividades lotada até o fim do ano.
Futuros projetos
Segundo o gestor, a prefeitura está trabalhando em projetos que destaquem o valor cultural da cidade, a exemplo de uma ação que valorize os monumentos da cidade. Outra iniciativa, criado pelo gestor junto ao secretário de Educação, Guilherme Bellintani, que é dar vida cultural as escolas municipais, durante os fins de semana, com a utilização de seu espaço físico para dar vida a espetáculos, apresentações musicais, integrando a comunidade onde elas estão inseridas.
Já outro grande sonho, é a construção do Museu da Música, que ficaria no antiga casa dos azoleijos, em frente à Praça Cayru. O projeto seria possibilitado através de uma Parceria Público Privada (PPP), tendo lançamento ainda neste semestre, com previsão de entrega do equipamento para os próximos dois anos.
Polêmica
Após assumir que expressou-se mal, o teatrólogo disse que o problema já foi superado e que tem uma boa convivência com os edis.
Publicada no dia 6 de julho de 2015, às 20h