Política

PSDB aguarda decisão de ACM Neto; Geddel recua

Publicado em 01/07/2015, às 08h50   David Mendes (Twitter: @__davidmendes)


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O PSDB na Bahia definiu no início de junho os novos membros da Executiva Estadual, que se debruçam agora para organizar o partido com vistas às eleições de 2016. Os principais caciques tucanos apostam no crescimento da legenda no Estado, porque, nacionalmente, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PSDB foi quem mais filiou este ano. Até abril, o partido registrou 15 mil novos tucanos no país. A Bahia teve contribuição mínima, com 32 novos filiados.

E um dos propulsores para alavancar o partido na Bahia seria o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), principal nome da oposição ao governo petista e que está em busca de um partido maior, em nome da sua sobrevivência política. Apesar de o PSDB já estar se organizando para as eleições municipais, o presidente do PSDB baiano, deputado João Gualberto (PSDB), garante que, na capital baiana, o partido aguarda a decisão do gestor soteropolitano, que deverá disputar a reeleição e já recebeu o convite oficial para ingressar na legenda. “Vamos discutir na hora apropriada, até porque ACM Neto poderá, inclusive, vir para o PSDB. Agora não tem sentido essa discussão. O PSDB apoiou, em primeiro momento, a eleição de ACM Neto em 2012, participa do governo e, com certeza, vamos ouvir os seus pleitos e estaremos juntos em 2016”, afirmou, em entrevista ao Bocão News.

Para Gualberto, o novo partido é uma escolha pessoal de ACM Neto. “O Democrata e o PSDB são partidos aliados. Se ele quer ficar no DEM ou ir para o PSDB, isso só cabe a ele. Estamos no aguardo da decisão dele”, disse.

Além do PSDB, o PMDB seria outro destino de ACM Neto. O empecilho estaria no atual modelo de governança do PMDB baiano, comandado com mãos de ferro pelos Vieira Lima. Em entrevista nesta manhã na Rádio Metrópole, o presidente do partido na Bahia, Geddel Vieira Lima, recuou após ameaças de uma possível perda do comando do PMDB, caso ACM Neto ingresse no partido. “Tive duas conversas com Neto sobre o assunto e nenhuma delas conclusivas. Disse a ele que as portas do PMDB estariam abertas. Apesar de toda especulação, não foi batido martelo. ACM Neto não teve nenhuma conversa em Brasília [com o PMDB], foi tudo a nível de Bahia”, revelou.

Sobre 2016, Geddel disse que até o momento não houve nenhum assunto tratado com ACM Neto em torno de possíveis composições para o pleito do ano que vem, já que “seria muito cedo”, principalmente porque o Congresso Nacional ainda discute a Reforma Política. “É precoce. É cedo porque, na medida que não se tem todas as variáveis na mesa ainda. Se ele vier para o PMDB, ele será o candidato do PMDB. Se não, vamos discutir as condições”, disse o peemedebista.

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