Política

Maioria dos deputados baianos vota a favor de financiamento por empresas

Publicado em 27/05/2015, às 08h44   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, na madrugada desta quarta-feira (27), proposta que pretendia incluir na Constituição Federal o financiamento da campanha por pessoas físicas e jurídicas para os partidos e os candidatos, dentro de limites máximos de arrecadação e gastos de recursos que a lei deverá estabelecer para cada cargo.
A proposta recebeu 264 votos favoráveis e 207 contrários, mas foi rejeitada porque mudanças na Constituição precisam de, pelo menos, 308 votos a favor. Dos 39 deputados baianos, 21 votaram a favor e 18 contra. 
Os deputados voltarão a discutir outras propostas de financiamento de campanhas, como a que permite a doação apenas de pessoas físicas. Se esse item também não conseguir 308 votos, ainda poderá ser analisada emenda que propõe o financiamento público exclusivo. Em caso de rejeição desse ponto, permanecem em vigor as regras atuais.
A líder do PCdoB, deputada Jandira Feghali (RJ), avaliou que o financiamento privado não deve ser incluído na Constituição. “Isso não é matéria constitucional, é matéria de lei. Nós precisamos sanear esse processo de financiamento e garantir que todos tenham equilíbrio na disputa e concorrência eleitoral”, disse.
O modelo também não teve o voto favorável do Psol. O líder do partido, deputado Chico Alencar (RJ), é contra o financiamento empresarial. “O que nós defendemos como passo adiante é o financiamento de pessoas físicas com limites fortes e um fundo partidário democrático, transparente e austero”, defendeu.
Já o líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), defendeu a constitucionalização do financiamento privado. O financiamento de empresas é objeto de uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), que já teve o voto de seis ministros contrários a esse modelo. “Quem tem de decidir sobre isso é o Parlamento. O bom senso nos manda definir esse tema hoje, porque senão estaremos na mão do Poder Judiciário”, disse.
O líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), afirmou que acabar com o financiamento privado é incentivar a doação ilegal de empresas e o caixa dois. “Ficar sem doação legal de empresas em campanhas é incentivar o caixa dois, é fomentar o sistema de financiamento ilegal”, disse.
Veja como votou cada deputado baiano a proprosta:
Antonio Brito PTBSim Afonso Florence PTNão
Antonio Imbassahy PSDBSim Alice Portugal PCdoBNão
Arthur Oliveira Maia SDDSim Bacelar PTNNão
Benito Gama PTBSim Bebeto PSBNão
Cacá Leão PPSim Caetano PTNão
Claudio Cajado DEMSim Daniel Almeida PCdoBNão
Elmar Nascimento DEMSim Davidson Magalhães PCdoBNão
Erivelton Santana PSCSim Félix Mendonça Júnior PDTNão
Fernando Torres PSDSim Jorge Solla PTNão
Irmão Lazaro PSCSim José Nunes PSDNão
João Carlos Bacelar PRSim Márcio Marinho PRBNão
João Gualberto PSDBSim Moema Gramacho PTNão
José Carlos Aleluia DEMSim Paulo Magalhães PSDNão
José Carlos Araújo PSDSim Sérgio Brito PSDNão
José Rocha PRSim Tia Eron PRBNão
Jutahy Junior PSDBSim Uldurico Junior PTCNão
Lucio Vieira Lima PMDBSim Valmir Assunção PTNão
Mário Negromonte Jr. PPSim Waldenor Pereira PTNão
Paulo Azi DEMSim
Roberto Britto PPSim
Ronaldo Carletto PPSim

Classificação Indicativa: Livre

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