Política

Solla questiona repasse de empreiteira para Aleluia na CPI da Petrobras

Publicado em 21/05/2015, às 07h41   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O deputado federal Jorge Solla (PT) quis saber do ex-presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, durante audiência na CPI da Petrobras, os indícios de que o deputado José Carlos Aleluia (DEM) teria recebido propina. O parlamentar democrata foi citado em conversas entre os executivos Pietro Bianchi e Fernando Dias e que foram interceptadas pela Polícia Federal nas investigações da Operação Castelo de Areia. 
“Tá lá na gravação o Pietro perguntando o que o Luiz estava querendo e o Fernando respondendo: ‘saber se foi pago o dinheiro devido a José Carlos Aleluia, do DEM”, citou  Solla. 
A conversa, ainda segundo o parlamentar petista, foi gravada no dia de 27 de janeiro de 2009. A interceptações também verificaram que também receberam os repasses os partidos PSDB, PDT, DEM, PP, PPS, PMDB e PSB. 
Na época, a Polícia Federal apontou que o dinheiro que foi supostamente repassado aos políticos foi desviado de obras superfaturadas, mas as provas foram invalidadas pela Justiça sob alegação de os pedidos de quebra de sigilo e de autorização de escutas partiram de uma denúncia anônima. 
Disparando contra os adversários políticos, Jorge Solla questionou sobre a formação de cartel e superfaturamento envolvendo as obras do metrô de Salvador, onde a Camargo Corrêa, Siemens e a Andrade Gutierrez formavam um consórcio. Na época, o prefeito de Salvador era o deputado Antônio Imbassahy (PSDB), atual vice-presidente da CPI da Petrobras. Recentemente, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou o sobrepreço de R$ 166 milhões. No entanto, o ex-presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, evitou responder aos questionamentos. “As minhas respostas são as que estão autorizadas, referentes aos processos da Petrobras, que foram aqueles determinados pelo juiz. Outras questões foram abordadas, estão em investigação pela polícia e que talvez em um outro momento poderemos dar mais explicações”, afirmou o ex-executivo.

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