Política

Democratas baianos na Câmara seguirão novamente orientação da presidente Dilma

Publicado em 13/05/2015, às 11h35   David Mendes e Aparecido Silva


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Aleluia, Elmar, Azi e Cajado devem seguir novamente orientação do governo petista
A votação da medida provisória que altera as regras para concessão de pensão por morte e auxílio-doença (MP 664/2014) será nesta quarta-feira (13), na Câmara Federal, e os deputados baianos do Democratas devem repetir os  votos favoráveis ao ajuste fiscal proposto pelo governo da presidente Dilma Roussef (PT).
De 22 parlamentares do DEM, oito votaram na semana passada a favor do arrocho fiscal, sendo os quatro da bancada baiana – José Carlos Aleluia, Cláudio Cajado, Elmar Nascimento, Paulo Azi. A MP aprovada por 252 votos a 227 - apenas 25 votos de diferença – altera o tempo trabalhado para requisitar o seguro-desemprego: dos atuais seis meses, passa-se para 1 ano de trabalho.
O apoio de parte da bancada do DEM, que integra a oposição no Congresso ao governo petista, saiu de uma articulação entre o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e o articulador político do governo e vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB).

ACM Neto fez com a presidente Dilma o que nenhum petista faria com seus adversários
Durante cerimônia de entrega da Escola Municipal Lélis Piedade, em Cosme de Farias, na manhã desta quarta, ACM Neto se esquivou ao ser questionado se o posicionamento dos seus liderados na Câmara se repetiria: "Tem que conversar com os deputados, eu não respondo por eles", escorregou. O gestor soteropolitano foi apontado como o facilitador para o governo federal ter votos favoráveis dos oposicionistas. Em troca, o Planalto facilitaria a liberação de recursos para a capital baiana, barganha que o prefeito nega ter feito.
Consultado pela reportagem do Bocão News, o deputado federal e presidente do DEM na Bahia, José Carlos Aleluia, confirmou seguir orientação do governo e justificou dizendo que votará "pelo futuro do Brasil".
O parlamentar, crítico ferrenho das gestões petistas nacional e na Bahia, lembrou que a orientação do partido é votar contra a MP, mas que ele tem uma visão distinta e por isso está "analisando cada ponto da proposta".
"As pessoas estão sofrendo muito com o desmando instituído pelo PT. Eu não vou me aliar a Lula ou a Dilma, por isso estou avaliando. Essa MP vai corrigir um erro existente na legislação. Por exemplo, se João é casado com Maria e mata a esposa, ele vai preso e ainda ganhará pensão vitalícia", justificou o democrata baiano. "Tudo que for necessário, eu serei a favor", sinalizou.
A reportagem tentou falar com Azi, Cajado e Elmar, mas os telefonemas não foram atendidos.

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