Política

João Santana diz que dinheiro é de campanha em Angola e transferência foi legal

Publicado em 03/05/2015, às 12h17   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Investigado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de que duas das suas empresas trouxeram de Angola para o Brasil cerca de US$ 16 milhões, em 2012, em uma operação de lavagem de dinheiro para beneficiar o PT, o marqueteiro baiano João Santana afirmou, neste domingo (3), que a operação foi “totalmente legal e transparente”. De acordo com o empresário, os recursos foram oriundos da campanha presidencial de 2012, em Angola.

“O pagamento pelos serviços foi realizado por transferência bancária entre uma conta do cliente, o MPLA, no Banco Sol, para uma conta da Pólis, no mesmo Banco Sol, em Luanda. A transferência foi feita via Banco Central e seguiu as normas, além de ter sido acompanhada pelo ‘compliance’ do Bradesco”, disse, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

O inquérito cita que a empresa de João Santana pode ter sido usada para trazer recursos para a campanha do então candidato e hoje prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).

“Isso é puro nonsense. O contrato da Pólis com a campanha de Haddad foi de R$ 30 milhões, pagos pelos fundos da campanha e verbas partidárias do PT. Temos notas fiscais e depósitos que comprovam isto. Valor totalmente de acordo com os preços do mercado. Para você ter uma ideia, os serviços de marketing de José Serra, na mesma campanha de 2012, somaram R$ 32,6 milhões”, rebateu.

Analistas ouvidos afirmaram ser atípico internar US$ 16 milhões por conta dos impostos que se paga no Brasil e pela burocracia. “Como a Pólis não está estabelecida em Angola, não havia sentido em manter esses recursos por lá. Trouxe os recursos para o Brasil, país onde vivo, invisto e recolho impostos. A maior parte deste dinheiro continua depositado e aplicado em nossas contas. As únicas saídas foram para pagamento de fornecedoras ou parceiras, todas elas estabelecidas e respeitadas no mercado. Não há nenhuma saída que possa ser classificada como suspeita. Abro mão do meu sigilo bancário e do de minhas empresas e desafio que se prove o contrário”, disse o marqueiteiro político, que trabalhou nas campanhas à Presidência da República de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT).

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