Política

Ex-presidente da Camargo Corrêa afirma que houve promessa de propina em Angra 3

Publicado em 26/04/2015, às 09h53   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O ex-presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, disse durante depoimento de delação premiada que houve promessa de pagamento de propina ao PMDB e a dirigentes da Eletronucelar, empresa do grupo Eletrobras, nas obras da usina nuclear Angra 3, no Rio de Janeiro. 
As informações do depoimento foram veiculadas na noite desse sábado (25) no Jornal Nacional e apontam que a Camargo Corrêa foi alertada em agosto de 2014 sobre o compromisso de pagar propina de 1% dos contratos das obras ao PMDB e diretores da Eletronuclear. 
O executivo é investigado pela Operação Lava Jato e foi preso em novembro de 2014. Ele deixou a prisão em 30 de março, após firmar acordo de delação premiada com a Justiça, homologado pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato em primeira instância. Somados, os contratos de Angra 3 chegam a R$ 3 bilhões, de acordo com o executivo.
Entre os beneficiários do esquema estaria o presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva. No interrogatório, Avancini não revelou o nome de nenhum político do PMDB que seria beneficiado pelo esquema. Ele disse ainda não saber se "efetivamente" houve algum repasse de propina a alguém.
O PMDB negou as acusações de recebimento de propina. O partido disse que jamais autorizou a quem quer que seja a usar o nome da legenda em operações com a Eletronuclear.
A Eletronuclear e o presidente da empresa, Othon Luiz Pinheiro, disseram que as acusações são infundadas, que a empresa age sempre em total transparência e que o Tribunal de Contas da União aprovou a preparação das propostas de preços em Angra 3.

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