Rui Costa foi a Ilhéus resolver imbróglio da ponte que está com obra paralisada

Canteiro de obras em Ilhéus está vazio

Discretamente, sem anúncio de agenda oficial pela sua assessoria, o governador Rui Costa (PT) viajou neste sábado (18) para Ilhéus, no sul baiano. A ocultação dos passos do líder baiano na terra de Gabriela tem um motivo: ele foi tratar da Ponte do Pontal, cujas obras estão paralisadas desde setembro do ano passado. Para realizar o serviço, o governo da Bahia contratou em 2013 a Constran, empresa pertencente à empreiteira UTC Engenharia, cujo dono, Ricardo Pessoa, está preso e é investigado pela operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF).

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Rui Costa deve anunciar lá o distrato com a Constran e, possivelmente, a segunda colocada na licitação, a Queiroz Galvão, poderá ser convocada para assumir a obra. A construtora, igual a UTC, também está envolvida nas denúncias de desvios na Petrobras.

Canteiro de Obras da Constran/UTC em Ilhéus completamente abandonado.

Sites locais afirmam que a Constran demitiu no início da semana os funcionários restantes que atuavam na obra. Em dezembro do ano passado, já atolada nos escândalos de corrupção, a Constran/UTC retirou todo o maquinário do canteiro de obras. A justificativa foi atraso de pagamento por parte do governo baiano. Nesta sexta-feira (17), quatro funcionários que atuavam no escritório da empreiteira em Ilhéus foram demitidos e o espaço fechado. 

A administração estadual tinha garantido reiniciar as obras em março último, o que não aconteceu. O secretário de Infraestrutura, Marcos Cavalcante, anunciou, em audiência na Assembleia Legislativa da Bahia no mês passado, que o BNDES garantiu empréstimo no valor de R$ 50 milhões para a continuação da obra, orçada em R$ 160 milhões. Cavalcante informou aos deputados na Comissão que a Constran/UTC tinha sido notificada e teria até depois da Semana Santa para informar se pretenderia continuar à frente da construção da ponte.

Wagner e o prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, assinam contrato com a presença de Ricardo Pessoa, dono da UTC