Política

Contra fusão, Lorenzoni diz que ACM Neto faz pragmatismo político-eleitoral

Publicado em 19/04/2015, às 07h09   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


FacebookTwitterWhatsApp


Lorenzoni diz que ACM Neto convenceu o presidente nacional , José Agripino, que fusão seria um bom caminho
O deputado federal Onyx Lorenzoni é a principal voz do DEM, ao lado do senador Ronaldo Caiado, contra os planos de fusão do partido com o PTB. O parlamentar gaúcho, que está no quarto mandato, defendeu, em entrevista a revista Veja, que a sigla adote bandeiras mais claras de centro-direita e discuta uma fusão com partidos menores para criar um grande partido oposicionista depois das eleições de 2016. 
Lorenzoni diz que a união com o PTB é inadmissível por causa das divergências ideológicas e políticas. O deputado critica a direção do partido por seu pragmatismo "às raias do absurdo" e afirma que os políticos brasileiros ainda estão com a cabeça no século passado. 
“O trabalhismo tem um conteúdo doutrinário completamente diferente da inspiração inicial do PFL, que era um membro da Internacional Liberal, que é do DEM, que é filiado à Internacional da Democracia de Centro. Nossos similares são o PP espanhol, a CDU alemã e o Partido Conservador britânico. (...) Desde que o PT chegou ao poder, o DEM tomou a decisão de ir para a oposição, ao contrário  do PTB”, afirmou.
Na Bahia, a proposta de fusão é liderada pelo prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), principal líder da oposição ao governo petista baiano. Segundo Lorenzoni, o presidente nacional do partido, José Agripino Maia, foi convencido pelo próprio ACM Neto de que a fusão seria um bom caminho. 
“As pessoas que estão liderando esse movimento estão num pragmatismo político-eleitoral que só se cria no Brasil. Talvez a sociedade brasileira de dez ou vinte anos atrás pudesse aceitar com mais naturalidade essa mistura de - como se diz na minha terra - cavalo com cobra d'água, que é PTB e DEM'.
Para o parlamentar democrata, há uma desconexão muito forte do momento político que se vive no Brasil.
"Temos a honra de ter mais de 1 milhão de filiados, que o partido herdou do trabalho bonito que o PFL fez. Hoje muita gente fala em democracia, bate no peito, mas a democracia deve muito aos líderes que fizeram o PFL. A Frente Liberal foi a travessia segura para sair daquele período de trevas. Se dependesse do PT não haveria nada disso. A presidente Dilma não lutou para fazer uma democracia, ela lutou para ter um regime comunista. É diferente. As pessoas têm um problema conveniente de memória conveniente. Mas, eu mantenho minha posição. O petismo para mim é uma doença que fez muito mal ao Brasil e o Brasil precisa ser curado dessa doença para não ser destruído", defendeu.
Publicada no dia 18 de abril de 2015, às 9h

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp