Política

Poupança tem maior retirada líquida da história em março

Publicado em 07/04/2015, às 23h48   Agência Brasil


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O forte endividamento dos consumidores e a perda de atratividade provocada pela alta dos juros básicos fizeram a poupança registrar, em março, a maior retirada mensal líquida de recursos da história. No mês passado, os correntistas retiraram R$ 11,44 bilhões a mais do que depositaram na caderneta, segundo dados divulgados hoje (7) pelo Banco Central.
Em 2015, a retirada líquida da caderneta atinge R$ 23,23 bilhões. Em todos os meses do ano até agora, a poupança registrou captação líquida negativa. Em janeiro, os brasileiros tinham retirado R$ 5,53 bilhões a mais do que depositaram na aplicação financeira. Em fevereiro, os saques superaram os depósitos em R$ 6,26 bilhões.
O movimento de saque tem três explicações. A primeira é a retirada de recursos pelos consumidores para saldar dívidas em tempo de queda no consumo e no emprego. A segunda é a dificuldade de a população poupar em momentos de alta no custo de vida.
O terceiro motivo para a fuga de recursos da poupança são os reajustes na taxa Selic – juros básicos da economia – promovidos nos últimos meses. Desde outubro do ano passado, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reajustou a Selic em 1,75 ponto percentual para encarecer o crédito e segurar a inflação. Atualmente em 12,75% ao ano, a taxa básica de juros está no maior nível em seis anos.

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