Política

Nilo desafia Luiza Maia a aparecer na Alba para votar aumento de verba

Publicado em 30/03/2015, às 23h15   David Mendes (Twitter:@__davidmendes)


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O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Marcelo Nilo (PDT), rebateu as críticas feitas pela deputada Luiza Maia (PT) nesta segunda-feira (30), quando acusou o chefe do Legislativo de “afrontar o trabalhador” ao propor aumento de verba de gabinete para os 63 deputados da Casa, que saltarão dos atuais R$ 78 mil para R$ 92 mil todo o mês.

“Ela é a primeira a pedir [o aumento da verba]. Vou colocar para votar amanhã e espero que a deputada Luiza Maia tenha a coragem de ir. Nos bastidores ela trabalha muito pelo fisiologismo. Quando é público é outra conversa completamente diferente. Tenho a certeza que ela irá correr da Assembleia, como ela sempre fez”, desafiou,  ao informou que a votação no plenário será aberta.

O presidente da Alba ainda acusou Luiza Maia de "jogar para a plateia". “Quando tem aumento é a primeira a pedir. Pede Reda, pede tudo na Assembleia, pede diária, combustível. O primeiro ofício sempre é o dela. Ela joga muito para a plateia e eu não aceito isso", disse, em entrevista durante a cerimônia de posse do novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Marcos Presídio.

Marcelo Nilo afirmou ainda que entende o momento econômico que o país e as famílias brasileiras vivem, mas ele tem que cumprir a lei. “A pessoa tem que assumir o ônus e o bônus. Obvio que a sociedade está em um momento difícil, com a economia difícil, mas eu fiz de tudo para não dar esse aumento. Conversei com os pares, mas, infelizmente, eles argumentares que os funcionários dos gabinetes precisam de aumento, porque os servidores públicos têm aumento anual, já os da Assembleia são de quatro em quatro anos", justificou.

Sem suplementação

O governador Rui Costa (PT) voltou a afirmar nesta segunda que a Assembleia Legislativa não contará com suplementação orçamentária este ano. “Eu estou em um esforço grande para conseguir e tentar cumprir o orçamento deste ano. Avaliando o trimestre, eu arrecadei menos que em 2014 e não precisa ser matemático para saber que eu não sei nem se eu vou cumprir o orçamento dos Poderes, incluindo o orçamento do Executivo”, informou o líder baiano.

Já Marcelo Nilo informou que vai cortar na própria carne para garantir os R$ 11 milhões anuais que o aumento de verba de gabinete irá custar à Casa, mesmo sem aumento do repasse do Executivo para o Legislativo. "Já acabamos com as bolsas de estudo, vamos reduzir diárias, cortar publicidade. Vou cortar na pele. A situação financeira da Assembleia não seria diferente. A Assembleia é a segunda mais austera do país", disse, ao frisar que o reajuste está dentro da inflação.

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