Política

Dilma defende Levy e diz que ministro foi mal interpretado

Publicado em 30/03/2015, às 23h14   Agência Brasil


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A presidente Dilma Rousseff comentou hoje (30) as declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sobre sua gestão e disse que o ministro foi mal interpretado.
Em palestra a membros do setor financeiro na última semana, Levy disse que Dilma tem “um desejo genuíno de acertar as coisas, não da maneira mais efetiva, mas há um desejo genuíno”, de acordo com gravação obtida pelo jornal Folha de S.Paulo.
“Não tem por que criar maiores complicações por isso, ele [Levy] já explicou isso exaustivamente. Ele ficou bastante triste com isso e me explicou. Tenho clareza de que ele foi mal interpretado”, disse a presidenta em entrevista após evento do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Capanema, no Pará.
Ontem (29), o ministro contestou a interpretação negativa dada a sua declaração pelo jornal.
Dilma disse que Levy tem trabalhado na negociação das medidas do ajuste fiscal que dependem de aprovação do Congresso Nacional e reforçou os argumentos do governo em defesa dos cortes de gastos. Segundo a presidenta, o país depende do ajuste para voltar a crescer. “Você tem que adequar a política econômica e toda a sua ação às mudanças da realidade, estamos fazendo isso. Tenho certeza [de] que o Brasil volta a crescer se a gente fizer essa movimentação”, avaliou.
Dilma voltou a dizer que o governo absorveu os impactos da crise nos últimos anos e que agora é preciso reduzir os subsídios para garantir o equilíbrio das contas. “Nós fomos até onde pudemos, absorvendo no Orçamento Geral do país todos os efeitos da crise: desoneramos folha, demos para financiamento de investimento juros de 2%, enfim, fizemos uma porção de desonerações. O que estamos fazendo agora? Estamos reajustando desonerações que fizemos”, acrescentou.
Durante o discurso, a presidente também defendeu o ajuste fiscal e a retomada do crescimento e disse que o Brasil “tem reservas em dólar suficientes para enfrentar qualquer crise internacional” e que a estrutura bancária do país “não está nem um pouco comprometida”, como é o caso dos países desenvolvidos.
“Nós tivemos que segurar a onda, um verdadeiro tsunami, da crise internacional, que desempregou 60 milhões na Europa, que tirou direitos, que acabou com garantia de emprego, que produziu uma catástrofe social”, comparou.

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