Política

PMDB brigará na Justiça para vetar criação do PL, diz Cunha

Publicado em 25/03/2015, às 19h29   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quarta-feira (25) que o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) está “empenhado” na criação do Partido Liberal (PL) para enfraquecer o seu partido. O peemedebista disse que isso piora ainda mais a relação com o Congresso. 
Para Cunha, a sanção do projeto aprovado pelo Congresso que freia a criação de legendas, apenas no último dia possível, seria uma manobra do governo para favorecer o PL. “Vamos entrar na Justiça. O fato de terem entrado com o registro na véspera e o governo ter demorado tanto para sancionar é mais um indício de que o governo está trabalhando por esse partido”, disse. “Isso é um projeto de enfraquecimento do PMDB e já foi fartamente denunciado. Então, temos que combater esse processo e vamos combater de todas as formas. Na Justiça, na política, derrubando o veto, de todas as maneiras”, atacou.
Sem acusar diretamente a presidente Dilma, o presidente da Câmara afirmou que a “estrutura” do governo foi usada para favorecer a criação do partido. “Houve uma estrutura de governo que deixou para o último dia para sancionar, já programado, e o [Gilberto] Kassab se aproveitou e protocolou na véspera", pontuou,. 
Segundo Cunha, políticos com mandato não poderão se filiar ao PL, caso seja criado, para disputar as eleições municipais do ano que vem. “Tem um manancial de briga jurídica pela frente. Duvido que algum parlamentar vai poder se filiar a esse partido enquanto não tiver definição se alguém pretende disputar as eleições de 2016. Infelizmente, está se optando para sair do campo político para ir para o campo jurídico. Não são partidos com ideologia, com formação para disputar processo eleitoral normal. São partidos criados dentro da máquina do governo com o objetivo de tirar parlamentares de outro partido”, afirmou.
O presidente da Câmara disse ainda que o Congresso irá derrubar o veto que a presidente Dilma fez ao projeto. “Acho que não deveria ter tido nenhum veto no projeto, aquilo não é matéria do Poder Executivo, é de partido político, não afeta a governabilidade. Aquele veto é um veto estranho, porque atrapalha o problema das fusões, fala explicitamente que não pode equiparar o processo de mudança partidária de fusão para criação de partido. Nós vamos trabalhar com toda força para derrubar esse veto. Isso mostra mais uma vez que o governo estava empenhado na criação desse partido”, disse.

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