Política

Dilma diz que governo vai ser “humilde” e ouvirá manifestação das ruas

Publicado em 16/03/2015, às 17h01   Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)


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A presidente Dilma Rousseff (PT) falou nesta segunda-feira (16), sobre os protestos contra a corrupção e o governo federal, que ganharam as ruas de várias cidades brasileiras, neste fim de semana. Dilma participa da cerimônia de sanção do novo Código de Processo Civil no Palácio do Planalto.

Em entrevista coletiva, a presidente reconheceu a importância dos protestos. "Na democracia respeitamos as ruas, um dos mais legítimos espaços de manifestação popular". Ela também afirmou que está aberta para o diálogo.  "Você só pode abrir diálogo com quem quer abrir diálogo, eu procurarei abrir diálogo com quer for".

Dilma defendeu as políticas econômicas anticíclica, adotadas pelo governo do PT e afirmou que há seis anos, o mundo passa por uma crise e o governo conseguiu evitar a recessão, como aconteceu em outros países da Europa. Ao mesmo tempo afirmou estar "corrigindo" algumas medidas adotadas anteriormente. "Nós não vamos acabar com a desoneração da folha, nós vamos fazer um reajuste nas alíquotas".

"Nós fizemos todo o esforço para manter o emprego. Temos a clareza que o processo veio se agravando, nós podemos ver isso em vários setores. (...) É possível que a gente possa até ter cometido algum erro de dosagem", afirma a presidente. “Tem gente que acha que deveríamos ter deixado as empresas quebrarem".

Ela respondeu as mensagens dos protestos afirmando ter "absoluta concordância com a demanda popular e o combate à corrupção". Segundo ela, o governo será "humilde" e vai anunciar medidas de combate a corrupção. "A corrupção não nasceu hoje, ela não só é uma senhora bastante idosa nesse País, como ela também não poupa ninguém".

Dilma também foi questionada sobre a relação com o PMDB e a articulação política no congresso nacional, que tem prejudicado a governabilidade. "Quanto à questão de isolar o PMDB, longe de nós querermos isolar o PMDB, muito pelo contrário". Ao mesmo tempo, ela minimizou a relação entre o poder Executivo e o Legislativo. "O Congresso não tem sido adverso, sempre que foi explicado, debatido antes, o Congresso tem sido bastante sucinto".

Sobre a 10ª etapa da Operação Lava Jato, deflagrada nesta segunda-feira (16), que investiga corrupção na Petrobras, que tem o tesoureiro do PT João Vaccari Neto, como um dos alvos acusado. "Esses acontecimentos mostram que qualquer teoria de que o governo interferiu sobre o Ministério Público ou sobre qualquer pessoa é absolutamente infundada".

Os 30 anos de redemocratização foram lembrados durante o pronunciamento. "Temos absoluta concordância com a demanda popular e o combate à corrupção", afirmou.  "valeu a pena lutar pela democracia".

Dilma também admitiu os erros cometidos no FIES. Segundo ela, o “erro do governo foi ter passado as matrículas para o setor privado”.

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