Política

Clima esquenta na Assembleia Legislativa da Bahia pós-protestos

Publicado em 17/03/2015, às 10h25   David Mendes (Twitter:@__davidmendes)


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Rosemberg saiu em defesa dos companheiros, acusados por Pablo de formar quadrilha

Um dia após os protestos que reuniram 2 milhões de pessoas nas ruas de todo o país, o clima foi quente na tarde desta segunda-feira (16) no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

De um lado deputados da Oposição, que subiram à tribuna para exaltar as manifestações contra o governo Dilma Rousseff (PT) e criticar o Partido dos Trabalhadores.

Alguns oposicionistas criticaram o líder do PT na Casa que teria tentado derrubar a sessão para evitar o debate sobre os atos deste domingo (15) e os problemas que o país enfrenta atualmente.

As discussões esquentaram após o deputado Pablo Barroso (DEM) subir a tribuna e acusar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de ser o “chefe da quadrilha” que hoje assalta o país.

“Dilma virou presidente sendo mãe de alguma coisa e Lula o pai. Vejo Lula hoje como pai de uma quadrilha”, disparou o parlamentar durante discurso. Barroso ainda acusou o Movimento Sem Terra (MST) e a CUT de ser patrocinados com dinheiro público desviado da corrupção. “Hoje vejo como um bandido o líder do MST, Pedro Stédile, que vem dizer que o povo tem que ir para a rua. Lula, o chefe da quadrilha, diz que o povo tem que ir para a rua, mas quem vai é o MST e a CUT", condenou.

O líder do PT, Rosemberg Pinto, saiu em defesa dos companheiros e cobrou um debate de “alto nível”. “Não tenho nenhum problema de ser questionado. Aceito todas as manifestações, qualquer posicionamento, mas não posso aceitar ser chamado aqui, ou meu partido de uma quadrilha”, defendeu o petista e atacou: “O seu partido [DEM] não pode falar de moralidade. Precisamos de um debate de alto nível”.

Para Rosemberg, Dilma e o PT pagam o preço porque eles que estão no comando do país.

“A criminalização é da política. Infelizmente, é a presidente Dilma quem governa. Se fosse um presidente do PSDB a criminalização seria a mesma. Não podemos ser achincalhados. Topo fazer o debate em todos os níveis, mas não podemos aceitar que temos ‘um chefe de quadrilha’, que somos corruptos. As pessoas estão sendo colocadas em uma vala comum e não podemos permitir isso”, defendeu.

Publicada no dia 16 de março de 2015, às 16h56

Classificação Indicativa: Livre

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