Política

Wagner diz que Lava Jato trará turbulência

Publicado em 02/03/2015, às 20h30   Redação Bocão News (Twitter: bocaonews)


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O ex-governador da Bahia e atual ministro da Defesa Jaques Wagner (PT) afirmou, nesta segunda-feira (2), que o pedido de investigação de políticos envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras causará "turbulência" no momento em que o país precisa de "calma e tranquilidade".
Nesta semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que comanda a equipe de investigadores do Ministério Público Federal (MPF), apresentará os inquéritos ao Supremo Tribunal Federal (STF).
"Qualquer fato novo com esse tipo de característica de denúncia, de inquérito, tira a tranquilidade momentaneamente de qualquer instituição. Não sei qual é a dimensão, nem a quem atinge. É bom no sentido de que as coisas estão funcionando e é ruim no sentido de que tem turbulência e o país precisa de calma e tranquilidade para tocar. Não a calma da omissão, mas de separar inquérito do funcionamento normal do país", afirmou o petista, depois de proferir aula magna no Curso Superior de Defesa da Escola de Guerra Naval, no Rio de Janeiro.
"A melhor forma para que as investigações continuem é elas estarem ladeadas pelo funcionamento normal do país. Porque, se começarem a perturbar tudo, daqui a pouco muita gente vai dizer 'acaba logo essa investigação porque o país precisa voltar à normalidade'. É óbvio que tem turbulência", disse Wagner, em entrevista.
Para o ministro, a nova CPI da Petrobras, que começa a analisar requerimentos esta semana, não chegará a fatos novos. "A CPI terá dificuldade de chegar além do Ministério Público Federal e do Judiciário (...) A CPI em si vira palco, mas dificilmente irá além do que a Polícia Federal já investigou", declarou.
Wagner também comentou a resistência do PT e outros partidos da base da presidente Dilma Rousseff (PT) às medidas de ajuste fiscal do governo que serão submetidas ao Congresso. "É preciso esclarecer bem e espero que isso comece a ser feito agora com as comissões (na Câmara). O PT e todos os partidos da base têm que ser esclarecidos e, mesmo achando que não é o mais simpático, (compreender que) é necessário para recuperar a capacidade de a economia crescer. Depois do debate feito, a posição tomada será acompanhada pelo PT e pela base", afirmou.
Informações do jornal O Estado de S. Paulo.

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